Análise de áreas suscetíveis à inundação na Villa O'Higgins, Patagônia Central, Chile, utilizando o sensoriamento remoto e o processo analítico hierárquico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Campana, Alice Seben
Orientador(a): Rosa, Kátia Kellem da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259354
Resumo: A região da Villa O’Higgins (48°28'2"S, 72°33'27"O), Patagônia central, Chile, está situada em um contexto de influência da dinâmica de degelo glacial, onde são constatados eventos de inundações no rio Mosco que afetam a população local e o seu modo de vida. O objetivo da dissertação é identificar as áreas de maior suscetibilidade à inundações na comunidade e relacioná-las às características de uso e cobertura da terra da área, verificando as mudanças na cobertura glacial e lacustre desde 1985, por sensoriamento remoto. Foi realizado o levantamento de informações sobre os eventos de inundações a partir de reportagens disponíveis on-line e dados sobre as condições socioeconômicas da população local. A variação de área dos lagos e geleiras foi obtida por imagens de satélite entre 1985 e 2021. Também foram obtidas as classes de uso e cobertura da terra com dados de 2011 e com imagens de satélite PlanetScope de 2021. Os dados geoespaciais de drenagem, elevação, declividade, geologia e o uso e cobertura da terra foram considerados ao aplicar o Processo Analítico Hierárquico (PAH) para obter as áreas suscetíveis à inundação em duas sub-bacias que influenciam a comunidade Villa O’Higgins. As inundações são consideradas um dos riscos criosféricos crescentes na comunidade. Relatos de moradores locais em mídias eletrônicas e registros do Servicio Nacional de Geología y Minería, indicaram que está ocorrendo o aumento do aporte d’água no Rio Mosco nos últimos anos proveniente do degelo de neve e das geleiras a montante, além do aumento de eventos de chuvas intensas. A cobertura glacial teve uma perda de 40,83% de área e a cobertura lacustre teve um aumento de 422,22% de área no período entre 1985-2021. As classes de uso e cobertura da terra predominantes na sub-bacia do rio Mosco são mata nativa e rocha exposta. As áreas com alta a muito alta suscetibilidade à inundação correspondem a 4,11% (4,16 km²) da área das sub-bacias e estão associadas às classes rural e área urbanizada. A comunidade rural está situada próxima às margens do leito fluvial de maior largura, possuindo a mais elevada suscetibilidade à inundação, pois localizam-se no curso inferior da sub-bacia, que corresponde a classe planície aluvial, de baixa declividade e menor elevação na sub-bacia. As atividades de turismo e agricultura foram impactadas durante as inundações. A identificação das áreas suscetíveis a inundação na comunidade auxiliará no entendimento dos eventos de inundações locais futuros, em estudos de vulnerabilidade socioambiental e sobre a antecipação e mitigação dos possíveis impactos das mudanças climáticas às populações.