A rasura química do traço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rodrigues, Janderson Andrade
Orientador(a): D'Agord, Marta Regina de Leao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/99323
Resumo: A presente dissertação origina-se de uma questão clínica a propósito do consumo de drogas na toxicomania servir de lenitivo para a angústia. Em vista disso, procura-se percorrer as vicissitudes do conceito de angústia nas obras de Freud e Lacan concomitante ao desenvolvimento do que ambos os autores falaram a respeito da função psíquica do recurso tóxico. Questiona-se o protagonismo conferido à substância tóxica na contemporaneidade como determinante para a instauração da toxicomania. Procura-se investigar em que medida a herança da psicanálise com a neurologia poderia oferecer dificuldades ao pesquisador psicanalítico na construção de suas elaborações a propósito da toxicomania. Logo em seguida, desenvolve-se a noção freudiana da indissociabilidade entre sensação e associação de forma que a interferência da droga sobre as condições de sensibilidade ultrapassa em grande medida sua influência, apenas, sobre um corpo-organismo.Busca-se apresentar e tecer alguns questionamentos acerca de elaborações de autores psicanalíticos a propósito da toxicomania. Para, por conseguinte, introduzir uma primeira articulação para a hipótese a respeito da qual o elemento de toxidade inerente à prática da droga produz um efeito de rasura sobre uma escrita composta de traços, a escrita psíquica. Escrita essa passível de leitura através das formações do inconsciente, todavia, não sem se opor ou oferecer resistência a sua decifração, a ponto de tornar impossível uma interpretação definitiva ou inequívoca.