Dos afetos em psicanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dutra, Vinícius Borba
Orientador(a): Moschen, Simone Zanon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249440
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central a discussão a respeito da noção de afeto na psicanálise oriunda do pensamento de Jacques Lacan, tendo em vista que ele recebeu uma crítica inicial de André Green de que a sua metapsicologia era fundada na exclusão explícita do afeto. Sendo assim, apresentamos inicialmente não só as justificativas fornecidas por Green para a produção de seu diagnóstico, como também tentamos indicar os limites envolvidos na sua própria compreensão a respeito da teoria de Lacan. Sem dizer que Green está totalmente equivocado, buscamos examinar o que contribuiu em nível histórico para que Lacan não pudesse positivar um discurso fácil em torno do afeto na primeira década de seu ensino. Desse modo, exploramos comentários de Lacan em torno de alguns psicanalistas de sua época com o intuito de esclarecer como a clínica que advogava um horizonte analítico a partir do afeto acabou por produzir a imagem mais drástica contra a qual Lacan se rebelou, uma prática profundamente marcada por interpretações imaginárias. Para entender um pouco melhor como ele conseguiu tomar uma posição crítica diante desse fenômeno, passamos pelo problema do corpo na psicanálise lacaniana a fim de defender, entre outras coisas, que a crítica à dualidade imaginária só foi possível porque Lacan tinha em mente uma “falha” em nossa constituição corporal, a saber, que o eu é outro. Por fim, expomos as principais ideias de Lacan quando ele positiva um discurso sobre um afeto como a angústia para, além de responder à crítica de que negligenciava o afeto na experiência analítica, inventar um objeto negativo por excelência, o objeto a. Este último ponto colabora para que se indique que há todo um pensamento sobre a ação aglutinado na especulação lacaniana em torno da angústia.