Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Felipe Seelaender Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-02022024-200715/
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Resumo: |
Pretendemos investigar o modo como Heidegger coloca a questão do nada em três momentos de seu pensamento. O primeiro diz respeito à proposta da analítica existencial de Ser e Tempo , de 1927, em que a questão do nada surge fundamentada pela questão da angústia e pela elaboração da questão do ser através da analítica do ser-aí, influenciada pela fenomenologia. O segundo se refere à preleção Que é metafísica?, de 1929, que pertence a esse momento no pensamento heideggeriano em que as questões levantadas em Ser e Tempo são elaboradas de modo distinto e enfrentam uma série de dificuldades e desafios, que abrem novos horizontes para o pensamento. Já o terceiro concerne ao modo como Heidegger coloca a questão do nada na primeira parte da preleção do semestre de verão de 1935, Introdução à metafísica . Nesse momento, a reflexão acerca do nada se coloca a partir de um questionamento mais profundo da linguagem e da história do ser, que o aproxima da poesia: a questão do ser é elaborada com mais força como um esforço conjunto do pensamento e da linguagem, não mais limitada ao registro da analítica existencial e à questão da angústia. Nele, o nada se aproxima do tema do sagrado e da poesia na constituição do que Heidegger considera ser a tarefa do pensamento. Para tanto, analisaremos textos do mesmo período, como Sobre a essência do fundamento (1929) e Sobre a essência da verdade (1930) e, ademais, teremos como referência secundária outros textos de Heidegger, como Os problemas fundamentais da fenomenologia (1927), O que é isto-a filosofia? (1935) e a época da imagem de mundo (1938), assim como textos redigidos posteriormente que trazem um olhar retrospectivo de Heidegger acerca do tema abordado, como Posfácio à ‘Que é metafísica? ’ (1943) e Meu caminho na fenomenologia (1963). Com base nesse esforço auxiliado pelo trabalho de comentadores como, dentre outros, Hans-Georg Gadamer, Benedito Nunes e Friedrich-Wilhelm von Herrmann, esperamos compreender como a diferença na forma como Heidegger elabora a questão reflete os inúmeros problemas que surgiram depois de Ser e Tempo , assim como o entrelaçamento mais direto da problemática hermenêutica com a dimensão da história e da linguagem. O principal objetivo da pesquisa consiste em compreender o sentido por trás desses momentos e o percurso do pensamento de Heidegger entre ambos. |