Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lucho, Danielli Züge |
Orientador(a): |
Netto, Carlos Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255984
|
Resumo: |
A lesão medular espinal (LME) altera o funcionamento dos sistemas sensorial, motor e autonômico, deixando com algum grau de incapacidade a maioria dos acometidos. Sua fisiopatologia envolve uma cascata de eventos como inflamação, disfunção mitocondrial, estresse oxidativo, ativação de vias apoptóticas e consequente morte celular, decorrentes do impacto inicial, causado por trauma mecânico. A maioria das LME são incompletas, com alguma preservação medular. Estratégias terapêuticas têm se concentrado na possibilidade de plasticidade do tecido neural residual da medula espinal (ME) lesada, visando não somente a compensação da função corporal alterada, mas também potencializar a recuperação do indivíduo acometido. O treino locomotor em esteira (TLE) é uma importante estratégia de reabilitação física que parece melhorar a função motora após a ocorrência da LME. Todavia, estudos com modelos experimentais de LME trazem resultados controversos quanto à promoção de benefícios ou prejuízos aos animais expostos ao TLE. É de comum acordo na literatura existente que os resultados da intervenção através do TLE são diretamente influenciados pelo protocolo de treino utilizado, incluindo tempo para início após a LME, além da intensidade em que o exercício é realizado. Essas são variáveis importantes e ainda pouco estudadas. Exercícios com menor intensidade parecem estar relacionados a efeitos neuroprotetores, enquanto aqueles realizados em maior intensidade têm demonstrado efeitos negativos para o SNC, provavelmente devido à resposta ao estresse induzido. Assim, esse trabalho teve por objetivo investigar os efeitos do TLE realizado com diferentes intensidades e iniciado precocemente após a LME por contusão em ratos Wistar machos. Foram realizados dois experimentos, ambos com protocolo de TLE de 20 minutos por dia, realizado em intensidade leve ou moderada e iniciado 7 dias após a LME. Em um dos experimentos, os animais foram expostos à intervenção somente por 5 dias e, no outro, 5 dias por semana, durante 4 semanas. Verificou-se que os animais treinados em maior intensidade durante 4 semanas demonstraram pior locomoção do que os treinados em menor intensidade e ainda, aqueles treinados em menor intensidade durante 5 dias, tiveram melhora da função mitocondrial da ME. No entanto, esses resultados ainda são controversos, à medida que a pior recuperação motora dos animais treinados por 4 semanas em maior intensidade não se relacionou com maior lesão na estrutura da ME e a melhor função mitocondrial para os animais treinados por 5 dias em menor intensidade não foi associada a uma recuperação locomotora efetiva. É importante salientar que tão necessário quanto compreender possíveis efeitos benéficos de um tratamento, é preciso também ter a devida atenção quando efeitos negativos são encontrados, a fim de promover sempre a melhor forma de intervenção, proporcionando benefícios com o menor risco de prejuízos aos tratados. Novos estudos são necessários para elucidar as variáveis importantes para definir protocolos efetivos de TLE como intervenção terapêutica após a LME. |