“Um museu para a arte e para a educação” : a criação do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGS e suas primeiras décadas de atuação (1954 – 1987)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ganzer, Adriana Aparecida
Orientador(a): Possamai, Zita Rosane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280961
Resumo: Esta tese teve o objetivo de analisar um espaço de tempo na história do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS) sob o viés da educação. Compreende o contexto histórico da concepção de uma Divisão de Cultura e uma Diretoria de Artes, junto à criação do museu no ano de 1954, em Porto Alegre, bem como a relação com as artes, os museus e a educação no Brasil e no Rio Grande do Sul. Abarca os anos 1954 com o fundador e primeiro diretor Ado Malagoli, até 1987 com Evelyn Berg Ioschpe, a primeira mulher a ocupar oficialmente o cargo de direção do museu. Pretendeu identificar os sujeitos participantes, com atenção para aqueles menos valorizados na historiografia do museu de modo a dar visibilidade para o trabalho realizado por mulheres. Investigou os aspectos educativos do museu, ao analisar práticas e concepções presentes no recorte temporal estabelecido. A tese orientou-se teoricamente nas contribuições da História da Educação, da História Cultural amalgamadas com a Museologia. Caracterizou-se como uma operação historiográfica (Michel de Certeau, 1982) e metodologicamente assumiu o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989) na identificação de pistas no corpus documental disponível composto por relatórios, catálogos, correspondências, matérias da imprensa escrita, entre outros achados. Demonstrou que a criação do MARGS esteve inserida num sistema mais amplo das artes na década de 1950 e que desde suas primeiras ações esteve voltado para a educação da sociedade gaúcha, aspecto reforçado nas gestões seguintes. Além de propor uma narrativa histórica escrita para o MARGS com ênfase na educação, a tese inclui na historiografia dos museus agentes com pouca visibilidade, a exemplo de Christina Helfensteller Balbão e Evelyn Berg Ioschpe.