Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Izis Tamara Mineiro de |
Orientador(a): |
Carvalho, Ana Maria Albani de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253283
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Resumo: |
Este é um estudo de caso exploratório e também descritivo cujo objetivo foi questionar e problematizar o modo como sujeitos racializados como negros e negras são visualmente representados em obras pertencentes ao acervo artístico do Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Mas, por que é importante pesquisar trabalhos artísticos figurativos que retratam, especificamente, pessoas negras? Como foram retratadas as pessoas negras em certos conjuntos de obras ou acervos? Como esses modos de representação veiculam certas ideias, perspectivas e visões de mundo? Como essas imagens dialogam conosco atualmente? Que tipos de efeitos elas perfazem? Como, no presente, reinstauram o passado, evidenciando a presença de estruturas, sistemas, visualidades? Essas narrativas são produzidas desde que lugar de enunciação? Quem possui autorização discursiva para produzir narrativas sobre si e sobre o outro? E quais narrativas ganham visibilidade? Essas foram algumas perguntas que nortearam esta pesquisa. Ela partiu de um mapeamento inicial de obras figurativas de homens, mulheres e crianças negras presentes no referido acervo a partir das quais se buscou investigar, refletir e problematizar quais histórias e quais discursos essas obras narram, além de compreender quais condições permitem que as visualidades de pessoas negras tomem configurações racializadas como as que identificamos constantemente na cultura visual. As análises foram realizadas tendo como base a relação entre arte, ideologia e raça. Como resultado do mapeamento das obras que retratam pessoas negras, obteve-se um conjunto de 161 obras, entre as quais identificaram-se quatro narrativas ou enunciados visuais mais recorrentes: trabalho, nudez feminina, religiosidade/crença e expressões artísticas. A fim de analisar e discorrer sobre o caráter racializado ou não dessas narrativas, foram utilizados os conceitos de regimes racializados de representação, elaborado por Stuart Hall (2016a), e de imagens de controle, cunhado por Patricia Hill Collins. O resultado foi a observação da existência de três regimes racializados de representação, os quais denominei: imagens coloniais, estética da mestiçagem e imagens sobreviventes. O último coexiste com visualidades resultantes de um novo regime discursivo de orientação pós-colonial, decolonial, antirracista e feminista, que vem tomando forma nos sistemas de representação da cultura ocidental. Chamei esse novo regime de representação de imagens insurgentes. |