O posicionamento institucional do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli diante da produção de artistas mulheres (entre 1983 e 2022)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Meneghetti, Amália Ferreira
Orientador(a): Carvalho, Ana Maria Albani de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276816
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo compreender qual o papel institucional dos museus de arte frente à produção de artistas mulheres. Para tanto, a pesquisa focou no programa expositivo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), bem como na entrada de obras de artistas mulheres em seu acervo em dois momentos: de 2011 a 2022, em que foram realizadas as primeiras exposições com obras de artistas mulheres com abordagem feminista; e entre 1983 e 1991 e de 1995 a 1996, períodos em que o museu teve diretoras mulheres. Para complementar os dados sobre as exposições, foram levantadas as obras que passaram a compor o acervo da instituição no referido período, além de analisar a exposição Gostem ou Não – Artistas mulheres no acervo do MARGS, pois ela se encaixa nas premissas da Museologia Crítica. Por meio de uma pesquisa exploratória, quantitativa e qualitativa de análise de dados e informações, assim como uma revisão bibliográfica, conclui-se que, apesar da pauta feminista já estar em discussão no Brasil desde os anos 1960 e do campo das Artes e da História da Arte já discutir largamente sobre a necessidade de uma abordagem feminista em sua produção e construção, os museus apresentam um relativo descompasso frente à produção e presença de artistas mulheres em suas instituições. Apesar de termos uma maior realização de exposições que abordam a produção de artistas mulheres (sejam elas coletivas ou individuais) e que também apresentam uma abordagem feminista de suas trajetórias e da própria História da Arte, os acervos dos museus ainda demonstram uma participação de artistas mulheres pequeníssima se comparada a de artistas homens. Além disso, a participação das mulheres à nível de gestão ou de ocupação de altos cargos também segue sendo muito menor, se comparada com a dos homens – mesmo que os últimos representem, na maioria das vezes, o menor número de profissionais no corpo funcional dos museus. Por fim, sugere-se que as instituições desenvolvam e sigam premissas institucionais e estratégicas de gestão que busquem a equidade de gênero entre a produção artística de homens e mulheres. Indica-se também que as políticas de acervo dos museus sejam mais claras em relação ao seu desejo de equidade de gênero, para que, no momento da produção dos discursos curatoriais e expográficos, se possibilite o devido protagonismo das artistas mulheres, bem como a problematização do seu apagamento.