Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ibrahim, Soraia Genebra |
Orientador(a): |
Friedman, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280558
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O transplante de pulmão (TxP) é uma estratégia cirúrgica viável para pacientes com doença pulmonar crônica, que não respondem mais a outras medidas terapêuticas. A capacidade funcional dos candidatos ao transplante, assim como dos pacientes que realizaram o transplante de pulmão e outros órgãos sólidos, vem sendo mensurada ao longo dos anos, fator que parece ser importante não apenas no que tange a capacidade funcional destes indivíduos, mas também tem se mostrado como um importante preditor de mortalidade nesta população. OBJETIVO: Avaliar através da Escala Perme, a condição funcional dos pacientes submetidos ao TxP, correlacionar o tempo de ventilação mecânica (VM), tempo de permanência na UTI e no hospital e avaliar a influência dos desfechos na mortalidade destes indivíduos ao longo de um ano de acompanhamento. MÉTODOS: Nesta coorte retrospectiva observacional, foram analisados os prontuários eletrônicos de pacientes consecutivamente admitidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Dom Vicente Scherer de do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, para pós-operatório imediato de transplante de pulmão, entre janeiro 2018 a dezembro de 2019. A funcionalidade, através da Escala Perme, foi mensurada imediatamente após entrada na UTI e na alta hospitalar. RESULTADOS: Foram avaliados 67 pacientes submetidos ao transplante de pulmão. A amostra foi predominantemente do sexo feminino, com idade média de 57 anos; 52,2% necessitaram de VM por até 24 horas e permaneceram em média vinte dias internados no hospital. Evidenciamos associação estatisticamente significativa com a necessidade de reinternação (p=0,021), óbito (p=0,001) e óbito após um ano (p=0,005) do transplante com os pacientes que necessitam de VM por um período maior de 24 horas. Quanto maior foi a pontuação total na Escala Perme (EP) menor foi o tempo de VM necessário, no momento inicial (r=-283; p=0,02) e final (r=-408; p=0,001) e também, menor foi o tempo de permanência dos pacientes na UTI (inicial: r=-267; p=0,02/ final: r=-314; p=0,01). Após análise multivariada, evidenciamos que maiores pontuações na EP representam fator de proteção para o óbito, tanto no momento inicial (RP: 0,80 – IC: 0,23 – 0,94; p=0,02) quanto na alta hospitalar (RP: 0,85 IC: 0,31 – 0,97; p= 0,03), fato que se mantém quando avaliamos o óbito após um ano. CONCLUSÃO: Houve um incremento do status funcional dos pacientes submetidos ao transplante de pulmão desde sua chegada na UTI até a alta hospitalar. A melhora na funcionalidade destes indivíduos está relacionada à menor necessidade de VM, menos tempo na UTI e também no Hospital. Melhores pontuações na escala Perme representam fator de proteção para a mortalidade nesta população. |