Avaliação da elastografia de quantificação de ponto na predição de fibrose hepática em pacientes com hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Puatto, Mariana Janas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213714
Resumo: A hepatite C é uma doença hepática infecciosa causada pelo vírus da hepatite C (VHC). Estima-se que cerca de 130-150 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas, totalizando cerca de 400 mil óbitos por ano. A progressão natural da doença causa fibrose hepática e seu estadiamento é essencial na decisão do tratamento e acompanhamento dos pacientes. O escore mais utilizado para estadiamento de fibrose é a escala METAVIR (F1, F2, F3, F4). A biópsia hepática é a metodologia padrão-ouro, porém, é um procedimento invasivo sujeito a complicações, dor intensa e sangramento. Métodos não invasivos têm sido propostos, sendo a elastografia de quantificação de ponto uma das alternativas, no entanto, na literatura não há intervalos de referência padronizados para classificação dos resultados de elastografia na escala METAVIR. O presente trabalho trata-se de um estudo retrospectivo com o objetivo de avaliar o desempenho da elastografia hepática, utilizando a técnica ElastPQ (aparelho Affiniti 70® da Philips), comparada à biópsia em pacientes VHC+, com o intuito de estabelecer intervalos de referência correspondentes à classificação do grau de fibrose. Foram incluídos 217 pacientes pelos critérios de inclusão: pacientes VHC+ crônicos, submetidos à biópsia e elastografia hepática pré-tratamento, com intervalo máximo de dois anos entre os exames. Critérios de exclusão: coinfecções VHB e/ou HIV, uso de álcool, paciente renal crônico, com CHC ou doenças relacionadas ao fígado, tratamento realizado entre Bx e ELH e falta de dados. O grau de fibrose obtido nas biópsias foi utilizado como padrão, comparando-se aos valores de rigidez hepática (kPa) obtidos na elastografia. A predição dos intervalos de referência foi feita utilizando o algoritmo J48 em uma abordagem de aprendizado de máquina supervisionado. Foi possível estabelecer intervalos de referência para a classificação do grau de fibrose, onde para F0/F1 (≤4,96kPa); F2 (>4,96 a ≤9,2kPa); F3 (>9,2 a ≤12,13kPa); F4 (>12,13kPa). Ao score desenvolvido atribuiu-se o nome ElastScore. Este estudo demonstrou que ElastPQ é método válido e eficiente na medição de fibrose hepática comparado à biópsia, demonstrando adequado desempenho na distinção dos graus de fibrose. Ademais, o ElastScore apresentou desempenho superior quando comparado à performance dos modelos já existentes e em uso para predição não invasiva da fibrose hepática.