Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Paula, Gabrielle Santos de |
Orientador(a): |
Golin, Cida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194544
|
Resumo: |
A partir do pressuposto de que representamos o diferente por meio de sentidos e linguagens estabelecidos pela cultura na qual estamos inseridos e de que o jornalismo é também responsável por projetar significados, esta dissertação investigou como o espaço do Outro é representado pela narrativa jornalística nas reportagens sobre imigrantes e refugiados do jornal Zero Hora. À luz dos Estudos Culturais, de elementos da teoria pós-colonial, de argumentos da Geografia crítica e dos estudos da narrativa associados ao jornalismo, propomos que é diante da presença do Outro que ocorre a marcação da diferença e a produção das identidades e das formas da linguagem presentes na cultura. Sendo as espacialidades também um processo relacional, a pesquisa busca problematizar teoricamente as hierarquias do espaço social construídas pela narrativa jornalística no (des) encontro com a alteridade. Identificado tal contexto inconsciente de formação da subjetividade, reflete-se acerca da prática jornalística como possibilidade de apreensão do Outro, já que o jornalismo está postulado na crença de critérios objetivos na construção da realidade. O estudo analisou quatro grandes reportagens publicadas pelo jornal Zero Hora entre agosto de 2014 e outubro de 2015, período em que se acentuou o movimento migratório no país. Por meio do método da análise narrativa, a pesquisa objetivou responder que estratégias de objetivação e subjetivação são produzidas pelo jornalismo ao representar as espacialidades físicas e simbólicas nas reportagens sobre migração, identificar quem fala e quem vê e apontar quais os conflitos e as aproximações presentes nas espacialidades da narrativa. Nessas narrativas jornalísticas, foi possível observar a condição de mão de obra do imigrante e a busca pela ascensão econômica por meio do trabalho. Já na disposição de o repórter deslocar-se do seu lugar, há uma maior abertura no seu texto à complexidade da travessia das fronteiras físicas e simbólicas. |