Interesses de alunos de 1ª. série do 1º. grau : um estudo no meio rural do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Neubarth, Barbara Elisabeth
Orientador(a): Schütz, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246306
Resumo: O presente estudo foi elaborado no sentido de identificar os interesses de alunos de 1ª. série de 1º. grau, de escolas da rede municipal do Rio Grande do Sul, segundo sua própria percepção e a de seus professores. Fundamentam este trabalho idéias como as que seguem: há um aparente descaso do professor para com os interesses do aluno; tal fato pode ser um dos fatores subjacentes ao insucesso da escola, especialmente na zona rural, onde os professores são, por via de regra, mal preparados; qualquer planejamento de aula deve partir do que possa interessar ao aluno, pois só assim se conseguirá mobilizar sua atenção, dirigindo-o e orientando sua aprendizagem. O desconhecimento de um instrumento que servisse para a coleta de dados fez com que se montasse um INVENTÁRIO DE INTERESSES INFANTIS. Através de seleção aleatória, foi determinada a amostra da qual fazem parte escolares de General Câmara, Guaporé, Osório e Rio Grande. A sondagem inicial e testagem do Instrumento foram efetuadas em escolas do interior do município de TramandaÍ. Foram entrevistados 57 professores e dois alunos de cada um deles, intercalando-se na compooição da amostra as variáveis sexo do aluno e nível de aproveitamento na escola, obtendo-se dados referentes a 114 crianças, sendo 58 meninos e 56 meninas. Do total, 61 alunos apresentaram um Índice de aproveitamento bom, e 53 alunos, um Índice de aproveitamento considerado fraco. Os resultados da pesquisa indicaram, por ordem de preferência, os seguintes interesses dos alunos, segundo sua própria percepção: habilidade de trabalho, escrever, ler, raciocínio matemático, habilidade lúdica, movimentar-se, observar e comunicar-se; e segundo a percepção de seu professor: habilidade lúdica, habilidade de trabalho, movimentar-se, raciocínio matemático, escrever, observar, ler e comunicar-se. O índice de concordância entre as respostas dos alunos e as dos professores foi baixo. Das variáveis do aluno [sexo, idade, aproveitamento, repetência) ou do professor (lugar de nascimento, faixa etária, anos de experiência no magistério, anos de experiência no magistério rural), analisadas neste estudo, só o sexo do aluno e o seu aproveitamento explicam, em certa medida, o Índice de concordância. Ao final deste trabalho, conclui-se que houve uma diferença significativa entre a percepção de alunos e professores a cerca de quais são os interesses destes alunos; que as variáveis do aluno e do professor, aqui analisadas, pouco explicam do Índice de concordância. Recomenda-se que outras pesquisas sejam realizadas, procurando-se outras variáveis que possam explicar a diferença de percepção de alunos e professores acerca dos interesses destes alunos. E, como ponto-chave deste trabalho, que os professores procurem, antes de tudo, assumir uma atitude criadora, partindo da observação da realidade, tentando desta forma uma prática mais adequada.