E o futuro se dissolvia no mormaço amazônico : paralisia econômica e solidão cultural na Manaus de Relato de um certo oriente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cezar, Luís Adriano de Souza
Orientador(a): Gomes, Gínia Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/103885
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre Relato de um certo Oriente (1989), de Milton Hatoum. Nesse estudo, ganha realce a Manaus representada no romance. Sob os influxos do Ciclo da Borracha e da Zona Franca, dois processos modernizadores que, em momentos distintos do século XX, visaram ao desenvolvimento da cidade, essa capital amazonense é interpretada em seus valores de descontinuidade econômica e cultural em relação a outras regiões brasileiras. Recorrendo ao auxílio do discurso histórico, esta dissertação propõe um viés crítico para a obra, por conta do qual ela é analisada, enquanto a primeira representante de uma série romanesca em que se destaca a consciência do atraso amazônico. Em razão disso, recebe importância a discussão a propósito da escolha narrativa do romance e da constituição de algumas personagens submetidas a desdobramentos negativos da entrada arrebatadora do capital estrangeiro em Manaus. Desse modo, este trabalho argumenta que o ponto de vista narrativo do romance apresenta uma valoração de tal modo pessimista para a chegada do progresso que se dá a ver, em suas mais profundas condições de miserabilidade humana e de desrespeito cultural, setores minoritários e excluídos da sociedade manauara em relevo.