Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Thays Lima e |
Orientador(a): |
CORDIVIOLA, Alfredo Adolfo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30530
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Resumo: |
A fragmentação identitária do sujeito recebe papel de destaque na contemporaneidade. São diversas as áreas que se dedicam ao seu estudo, bem como diversos são os modos de pensar suas causas. Por ser a identidade uma questão que diz respeito à constituição dos indivíduos, o texto literário se apresenta como um espaço exemplar para a reflexão dessa categoria de análise, uma vez que os fatos que compõem o enredo são vivenciados por personagens, e estes são figuras que assumem características humanas. É o que se observa em Relato de um certo Oriente, obra do escritor Milton Hatoum. No romance, plasma-se a experiência ficcional de uma personagem que, após se reconhecer fraturada identitariamente, se lança em uma profunda busca de si, deslocando-se tanto pelo espaço físico quanto pelo espaço da memória. Ao empreender tais viagens, acompanhamos uma reflexão sobre seu estado, na qual se patenteiam as causas em potencial da situação vivida. Observamos também que essa reflexão se estabelece a partir do contraste com outra personagem que lhe serve como espelhamento para o reconhecimento da sua perda da imagem de si: a matriarca da família. Esta conseguiu durante toda a vida manter uma identidade estável, sendo capaz de apresentá-la aos outros. Por isso, analisaremos a fragmentação da narradora de forma ampla; contrastivamente com Emilie, quem foi capaz de permanecer coesa ao longo do tempo através do pertencimento e da dedicação à família, da relação amistosa com amigos, da fé religiosa e do cultivo de hábitos e de costumes trazidos consigo de sua terra natal. |