Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Soares, Alan Rodrigues |
Orientador(a): |
Martins, Ana Tais |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258000
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Resumo: |
Esta dissertação traz como tema o Afrofuturismo e sua expressão no cinema, tomando como foco o contexto dos Estados Unidos, país de origem do movimento artístico. Nossa questão norteadora é entender que imagens simbólicas o gênero movimenta sobre o negro e a negritude no futuro. Como objeto empírico, elegemos o longa-metragem estadunidense Pantera Negra, o qual analisamos sob a heurística da Teoria Geral do Imaginário, permitindo um olhar simbólico sobre a obra. Aliados à noção de imaginário, trazemos também os estudos sobre negritude e racismo, elencando as principais transformações dos movimentos negros nos Estados Unidos ao longo das últimas décadas, dentro das quais o próprio movimento afrofuturista surgiu, com a intenção de mesclar a ancestralidade africana com as projeções de futuro sobre os corpos e as identidades negros. Utilizando como método a mitocrítica, se estabeleceu nesta pesquisa um paralelo entre as lógicas da mitologia yorùbá, persistentes na diáspora através dos rituais, e as imagens simbólicas apresentadas no filme. A partir dessa análise, concluiu-se que Pantera Negra movimenta tanto lógicas disjuntivas quanto fusionais para, no final, apresentar como solução para a persistência negra no futuro a lógica de ligação, do regime dramático das imagens. Diferente de outros super-heróis, o Pantera Negra resolve o conflito através da harmonização, e não do aniquilamento de inimigos. Essa construção se deve, dentro do nosso entendimento, à persistência mitogênica africana na diáspora americana, que dinamiza as lógicas dos òrìşà, dentre outros aspectos sagrados, mesmo em contextos distanciados das raízes africanas. A abertura para novas possibilidades entra em diálogo, também, com o combate contemporâneo ao racismo estrutural, permitindo a audiências negras imaginarem realidades otimistas, apesar das coerções negativas do presente. |