Passado, Presente, Afrofuturo: Novas narrativas imagéticas através do canal Trace Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Fontes, Flavia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36064
Resumo: Essa pesquisa se propõe a investigar a produção de novas narrativas imagéticas acerca da população negra e, por meio disso, identificar e traçar perspectivas sobre estética, pertencimento e protagonismo. Com um olhar focado em produções midiáticas de não-ficção, tendo especificamente a plataforma multimídia sobre cultura afro urbana Trace Brasil como objeto de estudo, esse trabalho procura jogar luz para discursos imagéticos de pessoas pretas sem um recorte de dor e violência. Essa tarefa tem por diretriz discutir novas ordens de representação e visibilidade sobre esses sujeitos, empreendendo assim discussões sobre a potência estética dentro da indústria audiovisual. O objetivo da pesquisa é olhar de forma assertiva para a negritude, através dessas narrativas, onde podemos identificar um discurso de reivindicação de existência e humanidade visual. Nesse sentido, ao se construir um espaço onde essa população passa a produzir sua própria presença, se cria uma ruptura com as representações historicamente desumanizadas direcionadas a esses sujeitos. Ao pensar sobre essa presença negra fora do arquétipo da colonialidade, essa pesquisa também tem por objetivo expandir um entendimento sobre o futuro. A hipótese levantada é que sob a regência do “olhar opositor” (hooks,2019), essas narrativas, na contemporaneidade, promovem uma experiência positiva para essa população, além de recriar imaginários e viabilizar a construção de outras realidades, vislumbrando assim, futuros possíveis. Tendo historicamente seus discursos imagéticos produzidos pelo olhar da supremacia branca, agora esse sujeito negro - esse “Outro subalternizado” (KILOMBA,2019) tem a possibilidade de se colocar como protagonista da sua subjetividade, além de se reimaginar a partir de uma ótica estética afrocentrada desafiando os padrões convencionais de poder e referência. Dessa forma, celebrando a possibilidade dessas novas apropriações, esse trabalho adota o Afrofuturismo como referencial teórico identificando uma recusa em interpretar esse corpo negro de forma passiva e estereotipada. Uma vez que se desloca o olhar sobre as representações de pessoas pretas, se compreende também que é possível tensionar noções sobre identidade, agência, performance e resistência. Dessa forma, para elucidar essas percepções e corroborar com um roteiro afirmativo sobre essas novas políticas de imagem, propomos a análise do discurso através de 02 episódios do Canal Trace Brasil que darão conta de pensarmos sobre essa mudança positiva em representar o negro no cenário audiovisual.