Wakanda Forever: reinvindicações de afrofuturos em torno do Pantera Negra Chadwick Boseman
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Comunicação da UFBA Brasil Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/488 |
Resumo: | A dissertação analisa articulações entre performances afrofuturistas, negritudes e cultura pop em torno do “pantera negra” Chadwick Boseman, cujo falecimento em 2020 é aqui encarado como vetor midiático que nos faz ver, nas ambiências digitais, uma rede de reivindicações afrodiaspóricas configuradas e reconfiguradas pelo gesto Wakanda Forever. O vetor midiático é localizado a partir do tweet que confirmou o falecimento do ator norte-americano Chadwick Boseman, postado em 29 de agosto de 2020, na sua própria conta oficial no Twitter. A partir deste tweet, aqui encarado como um disparo midiático, foram mapeadas e analisadas expressões comunicacionais nessa plataforma e no Instagram, totalizando 21 posts, entre vídeos, imagens e depoimentos, através das tags #wakandaforever #chadwickboseman e #panteranegra, que evidenciam diversos corpos negros articulados em torno da saudação ao personagem/ator. O problema desta dissertação se debruça sobre como o filme Pantera Negra (2018), a partir da força de seu protagonista, é reverberado em diversos outros corpos negros protagonistas (seja no mainstream, seja na vida cotidiana) com a morte do ator Chadwick Boseman em 2020. Como esse disparo midiático revela, reitera e ressignifica uma rede de reinvindicações atravessada por narrativas afrofuturistas e experiências de negritudes articuladas a componentes especulativos. Isso nos permite compreender certas mutações culturais, trânsitos, transformações e éticas de possibilidades incorporadas, no âmbito da cultura pop global, pelo gesto Wakanda Forever, compreendido neste trabalho pela perspectiva da performance. A ideia de pop, nesta pesquisa, é compreendida pela perspectiva da nebulosa afetiva (JANOTTI JR.; SOARES, 2015) e as discussões sobre afrofutirismos, diáporas e negritudes se amparam em referências de autores e autoras negras, tais quais Stuart Hall (2013), Paul Gilroy (1993), Marimba Ani (1994), Aza Njeri (2015), Sueli Carneiro (2005), Achille Mbembe (2018), Fábio Kabral (2020), Kênia Freitas (2018), Michael Boyce Gillespie (2016), Molefi K. Asante (2009) e Kabengele Munanga (2012). O aporte teórico-metodológico engloba a noção de audiovisual em rede (GUTMANN, 2021), o conceito de performance enquanto comportamento restaurado (SCHECHNER, 2013) e enquanto incorporação, arquivo e repertório (TAYLOR, 2013) e o mapa das mutações culturais (MARTÍN-BARBERO, 2009). |