Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Costa, Lucas Teixeira |
Orientador(a): |
Souza, Ângela Rozane Leal de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270496
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Resumo: |
O agronegócio brasileiro contribui sobremaneira para o desenvolvimento socioeconômico do país. Assim, políticas públicas são desenvolvidas com o objetivo de fomentar a produtividade e a obtenção de renda das populações rurais. Dentre estas se destaca o seguro agrícola como uma maneira de reduzir o impacto dos eventos climáticos nas atividades agropecuárias, proporcionando resiliência aos produtores e assegurando a manutenção das propriedades rurais. Contudo, verifica-se a existência de distintas interfaces que impactam no desenvolvimento, implementação e difusão desta ferramenta de gerenciamento de risco. Dessa forma, a pesquisa realizada teve como objetivo analisar os avanços científicos e tecnológicos do seguro agrícola, bem como compará-lo no contexto inter-regional brasileiro. Para tanto inicialmente realizou-se uma revisão sistemática da literatura acerca de seguro agrícola e inovação, cujos resultados demonstraram que os estudos científicos podem ser distribuídos em cinco clusters, quais sejam: precificação e análise de risco; resiliência e transferência de risco; seleção adversa e mudanças climáticas; redução de custos e transparência nos contratos, e; introdução/difusão de seguro agrícola. Posteriormente, procedeu-se com um estudo de prospecção tecnológica por meio do mapeamento de patentes. Os achados evidenciaram que as invenções intensificaram-se gradualmente ao longo dos últimos seis anos (2017-2013). Também se observou que estas contemplam três blocos divididos em subcategorias, quais sejam: (i) comercialização: criação de produto; contratação e subscrição, e; precificação; (ii) gerenciamento: gerenciamento de risco, e; (iii) indenizações de sinistros: identificação de perdas; vistorias, e; regulação de sinistros. Em seguida, empregou-se uma investigação a fim de comparar o panorama do seguro agrícola entre as regiões do Brasil. Para tanto, foram utilizados dados secundários provenientes de organizações públicas, junto aos quais se realizaram análises estatísticas uni e multivariadas. Os resultados apontaram que a renda per capita apresenta correlação positiva e moderada com variáveis do eguro agrícola e do Proagro. Os achados também evidenciaram a existência de diferença estatisticamente significativa entre as regiões brasileiras quanto ao seguro e suas múltiplas modalidades, sendo que as regiões Norte e Nordeste apresentam discrepância em relação às demais regiões. Além disso, as variáveis de seguro privado e Proagro demostraram maiores volumes de contratação nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Porém, os valores indenizados nestas regiões superam o prêmio arrecadado, uma vez que consistem em áreas de maior exposição a sinistros. Tal situação demonstra um desiquilíbrio atuarial no setor, permitindo a identificação de seleção adversa. Portanto, de maneira encadeada, os resultados obtidos sugerem um movimento de transformação no setor, pautado em quatro pilares estratégicos, quais sejam: Precificação; Inovação em Produto; Gerenciamento; e, Indenizações de Sinistros. Destaca-se que tais fatores tendem a proporcionar maiores índices de contratações em regiões de baixa adesão, melhoria na distribuição de riscos, auxilio na redução de seleção adversa, agilidade nos processos, bem como redução de custos, erros e fraudes. Logo, a intensificação de inovações nos pilares evidenciados na pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento do seguro agrícola no Brasil diante de suas peculiaridades inter-regionais. |