Análise farmacoeconômica de XELOX em comparação à mFOLFOX6 no tratamento do câncer colorretal na perspectiva de um hospital universitário no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Boscato, Sara Cardoso
Orientador(a): Heineck, Isabela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/166276
Resumo: Introdução: A expectativa global para 2030 é uma incidência de 26,4 milhões de casos e 17 milhões de mortes causadas pelo câncer. O câncer colorretal (CCR) já é terceiro tumor mais incidente no mundo. No Brasil, o CCR é o terceiro tumor mais incidente em homens e o segundo em mulheres na região sul. Neste cenário pessimista, é importante avaliar a relação entre o custo e o benefício de tecnologias para o tratamento quimioterápico, sobretudo na gestão dos gastos na saúde pública. Objetivo: O presente trabalho objetivou avaliar as alternativas para o CCR, XELOX e mFOLFOX6, sob o aspecto econômico. Metodologia: As informações sobre a efetividade foram obtidas através de uma revisão narrativa da literatura. Realizou-se também uma revisão narrativa de estudos farmacoeconômicos e por fim uma análise de custo minimização (ACM) sob a perspectiva de um hospital de caráter público. O microcusteio foi utilizado como método para estimar o custo de cada componente que incluiu medicamentos, materiais, exames laboratorial e de imagem, atendimentos ambulatoriais, diárias de internação e recursos humanos e administrativos, permitindo identificar o custo individual por paciente, com cada alternativa. O sistema informatizado do hospital foi utilizado para a coleta dos dados. Resultados: Foram encontrados 14 estudos farmacoeconômicos, dentre os quais apenas 2 estudos nacionais, ambos em cenário metastático da doença. A ACM revelou um custo por paciente de R$ 9.925,98 (adjuvância) e R$ 8.036,95 (paliativo) para mFOLFOX6, e R$ 8.407,13 (adjuvância) e R$ 6.946,47 (paliativo) para tratamento com XELOX. Os custos de materiais e medicamentos representam cerca de 85% do custo total de XELOX; para mFOLFOX6 esse custo é menor, em torno de 36%. Por outro lado, os custos com internação e colocação de cateter ocorrem exclusivamente para mFOLFOX6, que também apresenta maior custo com recursos humanos. Conclusão: O número de pacientes e a falta de dados no sistema informatizado da instituição reforçam a necessidade de mais estudos para se afirmar que XELOX é menos oneroso que mFOLFOX6 no sistema público. O estudo é inédito por se tratar de uma ACM utilizando o método de microcusteio para comparar as alternativas em um hospital público e universitário do país, especialmente na adjuvância do CCR.