Avaliação da expressão de EGFL7 em câncer colorretal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Cristiane de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217333
Resumo: O câncer colorretal (CCR) é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e mulheres no Brasil, com pico de incidência em torno dos 70 anos de idade e sobrevida em 5 anos variando entre 50% e 65%. Estudos apontam o gene EGFL7 como importante mediador no controle da angiogênese e crescimento de neoplasias, incluindo no CCR. No entanto, estudos combinando quimioterapia e bevacizumabe (anti-VEGF) + parsatuzumabe (anti-EGFL7) em CCR, não mostraram resultados promissores. Portanto, o papel do gene EGFL7 na carcinogênese deve ser melhor estudado para que sejam propostos protocolos mais eficazes de tratamento. Para melhor compreender o papel do gene EGFL7 em CCR, este projeto objetivou avaliar o potencial prognóstico de EGFL7 em CCR e avaliar potenciais vias de sinalização influenciadas pela expressão de EGFL7 gerando base para futuros estudos funcionais. A expressão proteica foi avaliada através de imunohistoquímica em 487 pacientes diagnosticados com CCR, e o padrão de marcação foi associado a dados clinicopatológicos. Por fim, foram realizadas análises in silico com os dados de CCR do The Cancer Genome Atlas (TCGA) através da análise de expressão diferencial dos pacientes com alta e baixa expressão de EGFL7 e análise de ontologia gênica (processos biológicos) e vias do KEGG. Encontramos o total de 77,8% dos pacientes com baixa expressão de EGFL7, e esta estava relacionada com maior comprometimento linfonodal (p = 0,020), maior invasão de vasos linfáticos (p = 0,033) e recidiva (p = 0,028). Por fim, a análise in silico revelou que a expressão de EGFL7 pode estar relacionada com processos carcinogênicos, tais como inflamação, crescimento celular, adesão celular, angiogênese e vias importantes, como proteoglicanos no câncer, VEGF, Ras, Rap-1, MAPK e PI3K/Akt. Nossos dados apontam que a expressão de EGFL7 está relacionada com vias importantes principalmente relacionadas a carcinogênese e angiogênese e que estas devem alterar substancialmente funções relacionadas aos processos invasivos que consequentemente estão relacionados a maior recidiva.