Temperamento de fêmeas bovinas de corte submetidas à inseminação e relações com indicadores de produção : revisão sistemática e meta-análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andrade, Naiane Teixeira de
Orientador(a): Barcellos, Julio Otavio Jardim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233178
Resumo: Este estudo avaliou o efeito do temperamento de vacas de corte calmas e excitáveis/reativas, submetidas à inseminação artificial (IA) ou à inseminação artificial em tempo fixo (IATF), nas perdas durante a gestação, taxa de prenhez, taxa de desmame e cortisol. Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura e uma meta-análise (MA) a partir de quatro bases de dados eletrônicas: Scopus (Elsevier, 1960-2020), Web of Science (Thompson Reuters, 1945-2020), Pub Med (Elsevier, 1960-2020) e Science Direct (Elsevier, 1960-2020). Meta-análise (MA) para efeitos randomizados foi realizada para cada indicador separadamente. Para avaliação do temperamento, foram usados as pontuações de movimento e velocidade de fuga. Foram avaliados 15 estudos e um total de 7.150 vacas primíparas e multíparas. Para as variáveis-resposta perdas na gestação e taxa de desmame não foi possível realizar MA. A MA sobre a taxa de prenhez mostrou um risco relativo (RR) de uma vaca com temperamento excitável ficar prenha de 0.951 vezes menor em relação às vacas de temperamento calmo (IC 95% = 0.873 - 1.036; P = 0.254; I2 = 78.0%). As vacas com temperamento excitável submetidas a IATF apresentaram um RR de ficarem prenhas 0,900 vezes menor que àquelas com temperamento calmo (IC 95% = 0.831 - 0.976: P = 0.010: I2 = 17.8%). Todos os estudos inclusos na meta-análise mostraram que fêmeas bovinas de temperamento calmo, possuem concentração de cortisol inferior quando comparadas as fêmeas bovinas de temperamento reativo (DM= -7.364, IC 95%= 10.187, - 4.540; P=0.00000, I2= 99.7%).Vacas de temperamento excitável apresentam 10% menos chances de emprenhar que vacas consideradas calmas, mesmo com uso de técnicas reprodutivas, como IA e IATF. Vacas de temperamento reativo submetidas às biotécnicas reprodutivas apresentam maior concentração de cortisol, quando comparadas às vacas de temperamento calmo, portanto, o temperamento reativo tem efeitos prejudiciais na eficiência reprodutiva de fêmeas de corte, que são provavelmente mediados por concentrações elevadas de cortisol.