Sincronização da ovulação para a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) durante a estação reprodutiva desfavorável em fêmeas bubalinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Porto Filho, Roberto Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
eCG
hCG
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-18072005-082046/
Resumo: Foram comparadas diferentes doses de eCG e hCG associadas a dispositivos intravaginais de progesterona (DIV), para avaliar o crescimento folicular e a ovulação, bem como a taxa de prenhez após a IATF e a funcionalidade do CL 12 dias após a sincronização em búfalas, durante a estação reprodutiva desfavorável. Para tanto, foram realizados cinco experimentos. Nos experimentos 1, 2 e 4, os grupos foram estabelecidos em função da ciclicidade dos animais, avaliada pelas concentrações plasmáticas de progesterona mediante colheita de sangue por punção da veia jugular no D-10 e no D0. Nos experimentos 3 e 5, os grupos foram estabelecidos em função da condição corporal e da ordem de parto. Em todos os experimentos as búfalas receberam um DIV associado a 2mg de Benzoato de Estradiol (BE) no D0. No D9 o DIV foi retirado, e procedeu-se à administração de 0,150mg de prostaglandina (PGF). No experimento 1, as búfalas do G1 (Controle, n=9) e do G2 (eCG, n=10) receberam 1500UI de hCG no D11; o G2 recebeu também 500UI de eCG no D-9; a IATF foi realizada no D12. Nesse experimento, o diâmetro máximo do folículo dominante (DMFD) foi de 12,6 ± 3,0 e 13,4 ± 1,7mm para o G1 e o G2, respectivamente (P>0,05); o diâmetro do folículo ovulatório (DFO) foi de 14,9 ± 2,9 (G1) e de 14,0 ± 1,6mm (G2; P>0,05); o intervalo entre a retirada do DIV e a ovulação (IROV) foi de 78,0 ± 12 (G1) e 68,0 ± 9,0h (G2; P>0,05); a taxa de ovulação (TO) foi de 44,4 (G1) e 70,0% (G2; P> 0,05). A área do CL (ACL) foi de 31,6 ± 19,9 (G1) e de 29,9 ± 9,7mm2 (G2; P>0,05); a concentração plasmática de P4 (P4) foi de 1,3 ± 1,4 (G1) e 2,0 ± 1,6ng/ml (G2; P>0,05); a taxa de prenhez (TP) foi de 22,2 (G1) e 60% (G2; P=0,11). No experimento 2, as búfalas do G1 (1500 UI de hCG; n=21) e do G2 (1000UI de hCG; n=21) receberam 500UI de eCG no D9; no D11, o G1 recebeu 1500UI de hCG e o G2 1000UI de hCG. Os resultados desse experimento são relatados a seguir: DMFD de 12,4 ± 2,3 (G1) e 12,2 ± 2,5mm (G2; P>0,05); DFO de 12,6 ± 2,3 (G1) e 12,5 ± 2,7mm (G2; P>0,05); IROV de 67,7 ± 18,1 (G1) e 72,8 ± 16,7h (G2; P>0,05); TO de 67,7 (G1) e 67,7% (G2; P>0,05); ACL de 24,8 ± 9,2 (G1) e 28,3 ± 17,2mm2 (G2; P>0,05); P4 de 2,3 ± 1,4 (G1) e 2,4 ± 1,3ng/ml (G2; P>0,05). No experimento 3, os animais foram tratados de forma idêntica àqueles do experimento 2, porém as búfalas do G1 (n=83) e do G2 (n=91) receberam a IATF no D12. Nesse experimento, foi obtida TP de 53 (G1) e de 53,8% (G2; P>0,05). No Experimento 4, as búfalas do G1 (n=10) receberam 500UI e as do G2 (n=11) 400UI de eCG; os dois grupos receberam 1000UI de hCG no D11. Esse experimento teve como resultados: DMFD de 13,2 ± 1,4 (G1) e 13,8 ± 1,8mm (G2; P>0,05); DFO de 13,7 ± 1,1 (G1) e 14,2 ± 1,5mm (G2; P>0,05); IROV de 71,1 ± 11,7 (G1) e 75,0 ± 5,5h (G2; P>0,05); TO de 70,0 (G1) e 72,7% (G2; P>0,05); ACL de 28,4 ± 8,6 (G1) e 31,6 ± 10,3mm2 (G2; P>0,05); P4 de 2,7 ± 1,2 (G1) e 3,3 ± 2,9ng/ml (G2; P>0,05). No experimento 5 (G1/n=54; G2/n=51) foi adotado o mesmo protocolo do experimento 4, porém as búfalas receberam a IATF no D12. Esse experimento resultou em TP de 42,6 (G1) e 43,1% (G2; P>0,05). Assim, foi possível concluir que as concentrações de 400UI de eCG e de 1000UI de hCG, associadas ao DIV, foram suficientes para induzir o crescimento folicular, a ovulação e a prenhez em búfalas durante o período reprodutivo desfavorável.