Impactos da duração pós-parto no início do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (Iatf) nas taxas de prenhez de vacas nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araújo, Ana Clara de Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238066
Resumo: O menor intervalo entre o parto e o início dos protocolos de IATF adotado pelo sistema de cria, no Brasil, é de 30 dias. Essa prática é embasada em pesquisas que caracterizam a involução uterina e a incidência de distúrbios uterinos em fêmeas Bos Taurus. A incidência de distúrbios uterinos, como endometrite subclínica, é baixa em vacas Nelore (Bos Indicus) assim como 28 dias após o parto. Portanto, foi pressuposto que vacas Nelore podem iniciar o protocolo de IATF logo no 20º dia após o parto (DPP) e ainda apresentar resultados satisfatórios. Este experimento avaliou as taxas de prenhez em 5.258 vacas Nelore (n= 1.703 primíparas e 3.555 multíparas) de acordo com o DPP no início do protocolo de IATF. O escore de condição corporal (ECC) foi registrado na IATF e o diagnóstico de gestação foi realizado, aproximadamente, 30 dias após a IATF. As vacas foram agrupadas de acordo com a categoria de partos e por DPP ao início do protocolo de IATF sendo classificadas com intervalos de 5 dias (por exemplo, ≤ 15 DPP, 16-20 DPP, 21 – 26 DPP, até vacas com ≥76 DPP). Os dados foram analisados dentro da categoria reprodutiva tendo a vaca como unidade experimental, usando contrastes polinomiais ortogonais (lineares, quadráticos ou cúbicos) gerados através do DPP médio de cada categoria. Em ambos os grupos, o ECC da vaca na IATF diminuiu linearmente (P≤0,01) com o avanço do DPP (por exemplo, 4,79; 4,00; e 3,73 nas primíparas e 4,95; 3,70 e 3,23 na multíparas classificadas, respectivamente, como: ≤ 15 DPP, 36-40 DPP, ≥ 76 DPP). A taxa de prenhez para IATF (P/IATF) foi afetada quadraticamente (P<0,01) pelo DPP para ambos os grupos. Nas primíparas, a taxa de prenhez aumentou até 36-40 DPP (~60%), permanecendo próximo a este nível até 51-60 DPP e diminuiu com o avanço do DPP, enquanto as primíparas classificadas como 21-25 DPP apresentaram resultados satisfatórios (~42%). Nas multíparas, a taxa de prenhez aumentou até 46-50 DPP (~70%), permanecendo próximo a este nível até 56-60 DPP diminuindo com o avanço do DPP, enquanto as classificadas como 21-25 DPP também expressaram resultados satisfatórios (~63%). Dentro de 30-60 DPP observou-se melhores taxas de prenhez para multíparas nelores, assim como para o grupo das primíparas nelore. Entretanto, resultados razoáveis foram observados quando o protocolo de IATF foi iniciado tão cedo como aos 21 DPP. Sendo assim, o intervalo entre o parto e o início do protocolo de IATF pode ser reduzido em 10 dias em fêmeas Nelore e ainda produzir taxas de prenhez aceitáveis, o que pode ser de grande valor para vacas que parem imediatamente antes ou durante a estação reprodutiva anual.