Risco nutricional e funcionalidade de crianças e adolescentes hospitalizados com covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zarth, Kahena
Orientador(a): Bosa, Vera Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258609
Resumo: Introdução: Crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 podem apresentar risco nutricional e comprometimento da funcionalidade. Logo, estudar estes fatores é essencial para subsidiar intervenções mais assertivas a essa população. Objetivo: Avaliar a associação entre o risco nutricional e a funcionalidade de crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 na admissão e na alta hospitalar. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com pacientes menores de 19 anos, positivos para SARS-COV-2 pelo teste RT-PCR, no período de fevereiro de 2020 a maio de 2022. A triagem STRONGKids (Screening Tool Risk On Nutritional Status and Growth) foi utilizada para avaliar o risco nutricional na admissão hospitalar e a Escala de Estado Funcional (FSS-Brasil) para determinar a funcionalidade dos pacientes na admissão e na alta hospitalar. Os dados foram coletados a partir de dados de prontuário hospitalar. As análises descritivas foram apresentadas em frequência absoluta e relativa. Para as análises bivariadas foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson e teste t de Student. Para testar a associação entre o risco nutricional e a funcionalidade foram realizadas regressões de Poisson com variância robusta bruta, com ajustes para idade, tempo de internação e presença de condições crônicas complexas. Resultados: Foram analisados 217 prontuários de crianças e adolescentes hospitalizados, 55,7% (n=121) meninos com idade mediana de 6 anos (IQ 0-12). Identificou-se que 64% (n=139) apresentavam médio/alto risco nutricional e 23,9% (n=52) algum grau de disfuncionalidade na admissão e 14,6% (n=31) na alta hospitalar. Após ajustes identificou-se que o acréscimo de um ponto na triagem nutricional na admissão, aumenta em 36% (RP 1,36; IC95% 1,15-1,62) a probabilidade do paciente apresentar algum grau de comprometimento funcional na admissão. Conclusão: Os achados demonstram a ocorrência de associação positiva entre o risco nutricional e o comprometimento funcional na admissão hospitalar, mesmo após os ajustes para idade, tempo de internação e condições crônicas complexas. Além disso, pacientes que apresentaram médio/alto risco nutricional na admissão hospitalar, apresentaram também pior funcionalidade, tanto na admissão, quanto na alta hospitalar.