Alterações da funcionalidade em crianças e adolescentes vítimas de trauma internadas em unidade de terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fonsêca, Mirna Marques da lattes
Orientador(a): Correia, Helena França lattes
Banca de defesa: Correia, Helena França Correia lattes, Silva, Cássio Magalhães da Silva e lattes, Fonsêca, Marília de Andrade lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36623
Resumo: Introdução: Dentre as maiores causas de internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morbimortalidade em crianças, os traumas decorrentes de acidentes e violência têm se destacado. Além dos riscos de sequelas do trauma, os processos de internamento e de intervenções mais invasivas na UTI, como a ventilação mecânica e o uso de sedoanalgésicos, podem ser fatores degradantes para a funcionalidade. Objetivo: Comparar os níveis de disfunção do estado funcional de crianças vítimas de trauma internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da admissão à alta hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo analítico e de coorte prospectivo com crianças e adolescentes vítimas de trauma de ambos os sexos, com idade entre 29 dias e 18 anos incompletos. A investigação das alterações funcionais foi realizada na admissão, na alta da UTI e na alta hospitalar por meio dos escores da Functional Status Scale (FSS), que é composta por seis domínios: estado mental, sensório, comunicação, função motora, alimentação e respiração. Para comparar a frequência das variáveis categóricas para momentos de avaliação da funcionalidade, foi utilizado o teste Q de Cochran, e o teste de Friedman foi utilizado para estabelecer a diferença do escore de FSS ao longo do tempo, adotando nível de significância de p < 0,05. O tratamento estatístico foi realizado através do Statistical Package for the Social Sciences, versão 21.0. Resultados: As comparações por pares demonstraram que os dados do FSS da admissão foram diferentes de todos os outros momentos do internamento (p < 0,001), mostrando alteração do nível funcional das crianças após o trauma para moderado/muito grave. Vinte e três por cento dos pacientes mantiveram nível de disfunção moderado/muito grave na alta hospitalar. O domínio motor apresentou maior frequência de alterações funcionais na alta da UTI e alta hospitalar. Conclusão: A evolução funcional em pacientes pediátricos vítimas de trauma que passaram por internamento em UTI apresenta desfechos favoráveis, com potencial recuperação do estado funcional na alta hospitalar na maior parte da população estudada. Porém uma amostra representativa de crianças previamente hígidas tem seu estado funcional alterado para disfunção moderada/muito grave após a alta hospitalar, tendo o domínio motor como o mais prejudicado.