Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Antonio Jeferson Barreto |
Orientador(a): |
Seffner, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/266150
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Resumo: |
Esta tese se insere na linha de pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero e tem a pretensão de contribuir para a produção científica no campo da Educação, em articulação com as discussões propostas pelo Pós-estruturalismo, pelos Estudos de Gênero, Sexualidade e Masculinidades. A pesquisa teve como objetivo analisar de que modo docências atravessadas por um forte pertencimento religioso lidam com as relações de gênero e sexualidade, de modo especial, com a produção das masculinidades, em escolas de um município do interior da Bahia. Buscou-se identificar como diferentes discursos sobre masculinidades se interconectam com o pertencimento religioso dos/as professores/as, além de identificar como este pertencimento produz a pedagogia do silêncio, a atualização do poder pastoral e o proselitismo nas escolas, bem como mapear quais são os recursos utilizados por esses professores/as para produzirem as masculinidades de seus alunos. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professores homens, duas professoras mulheres e cinco estudantes homens gays. As análises foram empreendidas em diálogo com as teorizações foucaultianas. Dentre os resultados da investigação, foi possível registar que dadas as práticas excludentes e violentas inscritas na ordem do discurso religioso fundamentalista, direitos são violados e o princípio da laicidade é constantemente desconsiderado. Ao ocupar um espaço normalizador nas salas de aula, por meio do forte pertencimento religioso dos professores, esses discursos fazem com que essa instituição se afaste dos seus ideais republicanos e negue aos seus estudantes uma formação que compreenda não somente aprendizagens científicas, mas também aprendizagens sociais. O conjunto de entrevistas analisado na tese apontou que o modo que as docências atravessadas pelo pertencimento religioso lidam com as relações de gênero e sexualidade, em especial, com a produção das masculinidades, é marcado pela construção e vigilância da ordem do gênero e da sexualidade e uma constante produção de masculinidades aos moldes do que é prescrito pela bíblia e pelo ideal de masculinidade hegemônica construído culturalmente. |