Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Antonio Jeferson Barreto |
Orientador(a): |
Seffner, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/170321
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo analisar as questões de gênero e sexualidade suscitadas a partir da presença de professores homens que atuam nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em duas roças no interior da Bahia. Ao longo do processo de generificação das profissões, diversos ofícios foram feminizados. Contudo, o magistério se destaca entre os demais, pois ainda hoje há uma acentuada demarcação dessa profissão como ideal para as mulheres. A pesquisa situa-se nos campos teóricos dos estudos de gênero, estudos culturais e pós-estruturalismo e estudos das masculinidades. A roça foi compreendida na pesquisa enquanto um lugar generificado e sexualizado que apresenta seus próprios discursos nas construções de gênero e sexualidade. Embora não seja o foco central da pesquisa a Educação do/no Campo também é abordada na dissertação, uma vez que é nessa modalidade de ensino que as duas escolas pesquisadas estão inseridas. A metodologia escolhida foi a etnografia e como procedimentos de produção de dados foram utilizadas a observação-participante, a elaboração do caderno de anotações e entrevistas-semiestruturadas. Foram entrevistados dezesseis adultos, sendo pais, professores/as gestores/as e quatro crianças, duas de cada escola. Além das conversas informais com diversos atores sociais da comunidade escolar e rural, mas os três professores homens são considerados os principais informantes da pesquisa. A partir das análises realizadas é possível concluir que a presença dos professores homens na docência com crianças ainda desperta questionamentos, tensões e pânicos morais. Foi possível observar que essas construções discursivas refletem nas suas aulas e na relação com as crianças. A partir dos dados produzidos emergiram três categorias analíticas centrais: o medo da pedofilia, os questionamentos em torno das masculinidades dos professores e as práticas pedagógicas que buscam um distanciamento de qualquer elemento considerado culturalmente como feminino. Por meio de diferentes discursos esses homens ao optarem por uma profissão historicamente feminizada são vistos como fora do lugar. |