Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Batista, Alisson Ferreira |
Orientador(a): |
Meinerz, Carla Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230859
|
Resumo: |
A presente dissertação de Mestrado em Educação tematiza a fotografia como possibilidade para a Educação das Relações Raciais. Fundamenta o termo fotografia preta, definido como método de produção de dados e conteúdo educativo na formação docente, inspirando-se na ideia de denegrir proposta por Renato Noguera (2019). Evidencia a conexão visceral do autor com o estudo na definição do problema de pesquisa: como é possível utilizar a fotografia preta como dispositivo pedagógico para debate dos conceitos de desejo de brancura e humanidade? Tal questão guia a análise dos impactos da fotografia com um controle de narrativa mediado pela perspectiva preta de compreensão dos processos de leitura do mundo na Educação Básica e Superior. Optou-se pelo uso do controle da narrativa acerca do produzido, na qualidade de pretensão de evidenciar o tempo, o espaço e a intencionalidade do intelectual no exercício da provincialidade, instaurando na prática do estudo pela explicitação do intento de dizer, por meio de ensaio com sequência de fotografias pretas, o que se compreende por desejo de brancura e por humanidade. Tal intento se conecta com uma perspectiva de interculturalidade que considera a afirmação da diferença como pressuposto da condição humana, exemplificada na perspectiva ética e emancipatória das lutas do movimento negro e das pessoas negras em ações no campo da educação. Com abordagem qualitativa, o estudo visou promover uma interação dialógica por meio da fotografia, através de encontros online com exposição de ensaios fotográficos aos colaboradores e posterior exercício de fala e escuta. A revisão de literatura sobre o tema fez parte do traçado metodológico. Ampara-se no projeto político e pedagógico oficializado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais (2004). As principais referências teóricas para a consecução da análise e do compartilhamento acerca da fotografia preta foram Abdias do Nascimento, Alberto Guerreiro Ramos, Frantz Fanon, Isildinha Baptista Nogueira, Nilma Lino Gomes, Paulo Freire e Sueli Carneiro. Conclui-se que a fotografia preta, uma imagem desestabilizadora, pode gerar reflexões acerca da negritude, seja pela afirmação da própria identidade negra, seja pela constatação dos abismos que, historicamente erodidos, distanciamna do desejado e defeituoso mundo branco. A fotografia preta é radical na proposta de colocar o sujeito negro e suas experiências no centro dos próprios processos. |