Poemas de viagem: a Itália revisitada por Cecília Meireles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Migliari, Irina Deffente lattes
Orientador(a): Ferreira, João Cesário Leonel lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26552
Resumo: Os Poemas italianos de Cecília Meireles, escritos entre 1953 e 1956 durante a visita da poeta à Itália e posteriormente no seu retorno ao Rio de Janeiro, compõem um conjunto de poemas de viagem em que as feições cecílianas são bastante marcantes; o equilíbrio entre a realidade e o sonho, a vida e a morte, o instante e o eterno, a luz e a sombra. A viagem, definida como a “arte de admirar” ou como “uma outra forma de meditar” pela própria poeta, pode ser desvenciliada por meio da leitura de seus Poemas italianos. Tratamos, neste trabalho, da construção desses poemas a partir dessa concepção de viagem em que a presença do efêmero e do sagrado são importantes conceitos para entendimento e análise dos poemas. Em especial, fazemos, aqui, uma leitura mais apronfundada sobre os poemas em que têm a cidade de Pompeia como cenário, a fim de apontar o entendimento sobre o efêmero na obra de Cecília Meireles. A leitura dos Poemas italianos revela a rica experência humana da poeta e suas relações com pessoas e diferentes culturas, realizada por meio das vozes, do silêncio e da solidão dos mortos, ora vivos a a partir das memórias construídas na poesia, fazendo com que Cecília se tornasse, conforme mencionado por Damasceno (1976, p. 10, grifo nosso) no prefácio de Ilusões do mundo, um ser um humano “brotado de uma aceitação maior do mundo e seus desconcertos [...]”.