Uma análise semiótica do Apocalipse de João

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Santos , Leandro Rocha dos
• Orientador(a): Bueno, Alexandre Marcelo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
• Palavras-chave em Português: semiótica discursiva; percurso gerativo de sentido; Apocalipse
• Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39385

O Apocalipse de João é um dos livros que compõe os sessenta e seis livros da Bíblia Sagrada. Conhecido por seu conteúdo de teor cataclísmico, o livro é extremamente rico em figuras e metáforas, o que justifica a sua análise. O livro de Apocalipse de João tem sido alvo de estudos a partir de perspectivas teológicas e religiosas, desde os primórdios de sua produção. Neste trabalho, pretendemos trazer contribuição aos estudos de Apocalipse sob a ótima da Semiótica Discursiva de Greimas. A Semiótica Greimasiana nos auxilia no processo de identificação e da análise da significação de um texto, a partir do que o texto diz, e sobretudo, o que ele faz para dizer o que diz. Um dos elementos dessa análise é o que Greimas chama de Percurso Gerativo de Sentido. Desta forma, analisaremos o livro de Apocalipse a partir do Nível Fundamental, Narrativo e Discursivo da Semiótica Discursiva. Nosso objetivo é verificar quais estratégias, tanto narrativas como discursivas, foram utilizadas pelo autor de Apocalipse, bem como tentar identificar os possíveis efeitos de sentido produzido nos destinatários. Ainda buscaremos encontrar os possíveis impactos epistêmicos e éticos produzidos por este sentido, resultando finalmente em Sanções positivas a estes, oriundas do contrato em o Destinador transcendente, Deus, e os destinatários. A partir de uma análise semiótica de Apocalipse verificamos como João se utiliza de diversas estratégias discursivas no intuito de manipular seus destinatários, para então provocar uma mudança de estado nos mesmos. Inferimos que João alcançou seu objetivo, uma vez que o cristianismo não apenas resistiu à intolerância religiosa do Império Romano, mas avançou, tornando-se uma igreja que subsiste até os dias atuais, por todos os lugares, como comprova sua história.