Redes de mobilidade e forma urbana : o metrô em São Paulo como instrumento de reestruturação coesa da cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sales, Gastão Santos
Orientador(a): Alvim, Angélica Aparecida Tanus Benatti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32272
Resumo: Esta pesquisa trata da expansão das redes de mobilidade na cidade contemporânea, com destaque para as linhas de metrô de alta capacidade, e o processo de reestruturação urbana em áreas pericentrais. Tem-se como objeto de estudo as transformações morfológicas nos setores urbanos afetados pelo traçado da Linha 2-Verde do Metrô na cidade de São Paulo. Defende-se que a ampliação da mobilidade urbana, possibilitada pela expansão do sistema estrutural de transporte público, constituiu-se em vetor e oportunidade para o desenvolvimento urbano, com impactos indeléveis na forma e na paisagem de áreas pericentrais. No entanto, por estar sendo implementada dissociada de Projeto Urbano que tem por base a fundamentação em aspectos morfológicos do território, o resultado físico-espacial dos vultosos investimentos públicos e privados tem se mostrado insuficiente para a configuração de espaços urbanos coesos, compatíveis com os desafios dos processos de metropolização. O objetivo geral desta pesquisa é a produção do conhecimento acerca do papel das redes de mobilidade em interface com a forma urbana, entendidos como elementos-chave para uma reestruturação coesa da cidade, particularmente em áreas pericentrais. A partir da proposição de um método de leitura e interpretação da forma urbana, baseado em morfometria da base imobiliária, busca-se compreender a expansão da rede de metrô, especialmente da Linha 2-Verde no trecho sudeste, e as transformações observadas nos tecidos urbanos a ela vinculados. Nesse sentido, propõe-se o Índice de Transformação Metrô como contribuição original da Tese, incorporando na sua conceituação tanto a verificação da hipótese quanto a discussão de procedimentos para suporte à transformação urbana em contextos oportunos. A aplicação de instrumentos metodológicos especificamente concebidos para o estudo aproxima os limites da leitura e interpretação urbanísticas (qualitativa) e dos dados fiscais e imobiliários (quantitativos) como recurso para obter elementos fundamentais para processos de Projeto Urbano. A abordagem delineada, ao revelar padrões de crescimento e potenciais latentes, identifica e quantifica aspectos marcantes da forma urbana no que se refere às dimensões temporal, espacial e socioeconômica, comprovando a Tese de que a expansão das redes de mobilidade, vetor e oportunidade fundamentais para os processos de transformação urbana em áreas pericentrais da cidade contemporânea, somente se converte em uma reestruturação coesa mediante implementação de Projeto Urbano como política pública, que seja devidamente fundamentado em aspectos morfológicos do território.