Efeito protetor da piperina no dano intestinal induzido por indometacina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gervasoni, Karine Nader
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1572
Resumo: Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são medicamentos largamente prescritos na prática clínica para o tratamento da inflamação e dor, principalmente para casos de dor crônica, osteoartrite, artrite reumatoide, pós-operatório e cólicas menstruais. O mecanismo de ação dos AINES é baseado na inibição não seletiva da enzima Cicloxigenase (COX) com inibição da conversão do ácido araquidônico em Prostaglandinas (PGs) que consiste em uma substância mediadora de reações inflamatórias no organismo. O uso crônico de AINES está associado a eventos adversos e danos aos órgãos, especialmente mucosa gástrica, intestino delgado, sistema cardiovascular, rins, fígado, cérebro e trato respiratório. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito protetor da piperina no dano intestinal induzido por Indometacina. Foram utilizados 18 camundongos machos linhagem Mus musculus, de 6-8 semanas de idade. Foi realizada indução de dano intestinal com indometacina (10mg/ml) e co-tratamento com piperina (20mg/ml) ambos via oral. Após 14 dias, os animais foram eutanasiados. Foi realizada análise sorológica bioquímica. A inflamação intestinal foi avaliada com base em análises macroscópicas, histopatológicas e metagenômicas. A análise histopatológica demonstrou uma redução da inflamação do intestino delgado (p<0,05) e desaparecimento da necrose da parede intestinal do intestino grosso. As medições das criptas e vilosidades demonstraram aumento dos valores no grupo tratado com piperina (p<0,05). Foi observado um valor de Aspartato aminotransferase (AST) cerca de seis vezes maior no grupo Indometacina (p<0,05). Em relação a microbiota intestinal, foi possível observar aumento da diversidade de gênero no grupo tratado com piperina (p<0,05). Houve redução de 50% na formação de micronúcleo com a administração de piperina 20mg/kg (p<0,05). Concluiu-se que o co-tratamento com piperina tem grande potencial na remediação dos efeitos adversos causados pelos AINES.