Anti-inflamatórios inibidores da COX-2 em equinos no Nordeste Brasileiro: abordagem prescricional e efeitos adversos do uso prolongado de meloxicam.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25861 |
Resumo: | Os anti-inflamatórios não esferoidais (AINEs) são amplamente utilizados na medicina humana e veterinária por seus efeitos anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Os principais efeitos adversos do uso de anti-inflamatórios estão relacionados aos distúrbios renais e gástricos. Os inibidores da COX2 apresentam um bom perfil de ação e maior segurança, sem a toxicidade dos AINEs tradicionais, o que levou a busca por novos fármacos, porém, suspeita-se que o uso por tempo prolongado também pode levar aos mesmos efeitos adversos dos inibidores não seletivos. Esta tese foi dividida em três capítulos. O primeiro, é uma revisão de literatura que aborda o tema central da tese e teve por objetivo levantar informações sobre os efeitos adversos do uso prolongado de AINEs inibidores da COX2 na espécie equina. Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos (recorte temporal, 2000 a 2020). No segundo artigo, avaliou-se a prescrição de AINEs no nordeste brasileiro. Foi realizada uma pesquisa com médicos veterinários e vendedores/balconistas de lojas agropecuárias na região Nordeste do Brasil, todos atuantes na área equina. Foram aplicados 100 questionários (50 por grupo) com o objetivo de identificar quais os principais AINEs recomendados por eles para as afecções do sistema locomotor e digestório da espécie equina. Para as afecções do sistema locomotor: como primeira opção, a fenilbutazona foi descrita como principal AINE nos dois grupos (G1: 58% e G2: 28%). Como segunda opção, o flunixin meglumine foi o mais recomendado (G1: 32% e G2: 24%). Como terceira opção, o meloxicam foi o mais recomendado também por ambos (G1:26% e G2: 16%). Para as afecções do sistema digestório: como primeira opção, o flunixin meglumine foi o fármaco mais recomendado (G1: 54% e G2: 40%). Como segunda opção, para o G1, flunixin meglumine (36%) e para o G2, a dipirona (30%). Como terceira opção, para o G1, o meloxicam e o DMSO foram os mais citados (18% cada) e para o G2, a fenilbutazona (18%). Os AINEs não seletivos são os mais recomendados por veterinários e vendedores de lojas agropecuárias do Nordeste do Brasil para tratamento das afecções locomotoras e digestivas de equinos, enquanto que os inibidores seletivos para COX2 ainda são pouco recomendados, sendo o meloxicam o mais apontado pelos entrevistados, o que nos guiou para o desenvolvimento do terceiro capítulo da tese. Para o terceiro capítulo, foi feito um estudo para avaliação dos efeitos adversos do uso prolongado do meloxicam em equinos hígidos. Foi realizado um teste pareado utilizando 7 cavalos, que receberam a dose de 0,6 mg/kg de meloxicam pasta, por via oral, uma vez ao dia, durante 28 dias e avaliados os parâmetros clínicos, hematológico, bioquímico, teste de tempo de sangramento, gastroscopia (avaliados em cinco momentos: M0, M7, M14, M21 e M28) e eletrocardiograma (em três momentos: M0, M14 e M28). Não foram observados efeitos adversos relevantes nos animais, nas circunstâncias do estudo. Embora os AINEs inibidores da COX2 sejam propostos como seguros, estes possuem efeitos adversos relevantes, principalmente se usados em sobredoses e por tempo prolongado. Os AINEs tradicionais fenilbutazona, flunixin meglumine e dipirona são os antiinflamatórios mais prescritos por veterinários e vendedores de lojas agropecuárias no nordeste do Brasil, enquanto que o meloxicam é o inibidor da COX2 mais recomendado. Medidas de controle na venda de AINEs, assim como orientações aos profissionais do cavalo são necessárias. O uso do meloxicam por 28 dias não causou efeitos adversos de importância clínica sobre os parâmetros avaliados. |