Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Castro, Isabela Silva de
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Orientador(a): |
Danelli, Maria das Graças Miranda
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Banca de defesa: |
Pereira, Virginia Léo de Almeida,
Direito, Glória Maria |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11742
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Resumo: |
As aflatoxinas são produtos tóxicos do metabolismo secundário de fungos, frequentemente encontradas em grãos e rações. A aflatoxina B1 (AFB1) é o tipo produzido em maior quantidade e que possui maior potencial tóxico. Entre os efeitos causados pela intoxicação em frangos de corte e poedeiras podem-se citar a diminuição da produtividade devido à diminuição de ganho de peso e da postura de ovos, lesões no fígado com alterações nos níveis de enzimas hepáticas, danos cromossômicos, carcinogênese e imunossupressão levando ao aumento da suscetibilidade às infecções e diminuição da resposta vacinal. A piperina, por outro lado, é um produto natural extraído da pimenta do reino (Piper nigrum), que possui propriedade citoprotetora, demonstrada pela sua capacidade antioxidativa e antiapoptótica, além de possuir efeito imunoprotetor frente a vários produtos imunotóxicos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo contribuir para o conhecimento da capacidade imunoprotetora da piperina adicionada à ração, analisando possíveis efeitos sobre parâmetros imunológicos em frangos de corte (Gallus gallus) intoxicados por AFB1. Para realizar o estudo 60 frangos de corte machos, com 7 dias de idade, foram divididos em 4 grupos (n=15): grupo controle (óleo de soja), grupo AFB1 (0,5 mg AFB1/kg de peso corporal, via oral), grupo piperina (60 ppm misturada à ração) e grupo piperina + AFB1 (60ppm piperina e 0,5mg AFB1/kg peso corporal). Todos os grupos foram vacinados contra o vírus da doença de Newcastle (NDV) aos 9 e 28 dias de idade. Inicialmente, os grupos controle e AFB1 foram examinados visando a determinação da capacidade de intoxicação das aves pela concentração de AFB1 (0,5 mg/Kg) empregada no estudo, através da necropsia e pesagem do fígado, dosagem das enzimas AST e GGT, análise do efeito citotóxico sobre a medula óssea (freqüência de PCE) e pesquisa de micronúcleo em eritrócitos do sangue periférico. Uma vez determinado o efeito tóxico da AFB1 nos frangos de corte, avaliou-se a capacidade da piperina suprimir os efeitos imunotóxicos dessa micotoxina, através da necropsia, pesagem e análise histopatológica dos órgãos linfóides (timo, bursa de Fabrícius e baço), contagem total e diferencial de leucócitos e análise da resposta vacinal para o NDV. A concentração de AFB1 empregada no estudo foi capaz de promover intoxicação nos frangos de corte, demonstrada pela diminuição do ganho de peso, alterações hepáticas (aumento de peso e alteração do aspecto macroscópico do fígado, aumento das enzimas hepáticas AST e GGT), comprometimento da medula óssea (diminuição da freqüência de PCE) e aumento da presença de micronúcleos em eritrócitos sanguíneos, além ter sido capaz de promover danos ao timo das aves, demonstrada pela diminuição do peso do órgão, bem como, alterações macro e microscópicas. O efeito tóxico sobre a medula óssea e timo promoveu evidente leucopenia, com diminuição significativa dos linfócitos e heterófilos circulantes. Os efeitos tóxicos da AFB1 sobre a resposta vacinal não foi tão evidente quanto para os outros parâmetros estudados relacionados ao sistema imune. A administração de piperina à ração das aves foi capaz de impedir os efeitos imunotóxicos da AFB1 em todos os aspectos avaliados nesse estudo. |