Mobilidade sustentável: avaliação multicritério da infraestrutura urbana nas áreas de estações do Plano Piloto de Brasília

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Torres, Jaqueline Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TOD
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1655
Resumo: Este estudo aborda a mobilidade sustentável no Plano Piloto de Brasília, aplicando a metodologia de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS) para avaliar a infraestrutura urbana nas áreas próximas às estações de metrô. O objetivo principal foi identificar e classificar áreas prioritárias para projetos de requalificação urbana, considerando as restrições impostas pelo tombamento do conjunto urbanístico de Brasília. A metodologia utilizada baseou-se no Padrão de Qualidade DOTS 3.0, que integra critérios relacionados a mobilidade sustentável como: caminhar, pedalar, transporte público, compactar e mudar. A coleta de dados foi realizada por meio de fontes georreferenciadas do Geoportal/DF, complementada por observações de campo. As áreas de estudo incluíram sete estações de metrô na Asa Sul, abrangendo um raio de 750 metros ao redor de cada estação, delimitado por quadras residenciais e comerciais. Os resultados indicam que, apesar do planejamento urbano original de Brasília favorecer a mobilidade motorizada, há um potencial significativo para promover modos de transporte sustentáveis. As análises identificaram deficiências na continuidade de calçadas, falta de ciclovias conectadas e insuficiência de bicicletários, além de uma baixa integração entre transporte coletivo e infraestrutura para pedestres e ciclistas. A aplicação da metodologia DOTS permitiu a classificação das áreas com maior necessidade de intervenção, destacando a importância de priorizar melhorias em calçadas, travessias e acessibilidade universal. Também foram evidenciadas oportunidades para aumentar a densidade habitacional e comercial, promovendo a mistura de usos do solo e a proximidade entre moradia, trabalho e lazer. Conclui-se que o modelo multicritério DOTS 3.0 é uma ferramenta eficaz para orientar decisões de planejamento urbano sustentável, mesmo em contextos com restrições patrimoniais. Este estudo reforça a necessidade de estratégias integradas que considerem a preservação do patrimônio urbanístico e a promoção de uma mobilidade inclusiva, segura e ambientalmente responsável.