Influência da prostaglandina E2 na plasticidade de linfócitos Th17/Th1 no contexto da encefalomielite autoimune experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bazzano, Júlia Miranda Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EAE
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182335
Resumo: A prostaglandina E2 (PGE2) é um mediador lipídico que participa tanto na diferenciação como na expansão de linfócitos T helper (Th) Th1 e Th17. Esse prostanoide vem sendo descrito como um importante mediador envolvido no agravamento da Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE). A EAE é uma doença mediada por células Th1/Th17 autorreativas, responsáveis pela intensa resposta inflamatória contra antígenos do sistema nervoso central (SNC). Alguns estudos descrevem que a inibição da síntese desse prostanoide, ou o bloqueio de seus receptores EP, reduzem os níveis de IL-17A e IFN- e atenuam drasticamente o desenvolvimento da doença. A coexistência de linfócitos Th1 e Th17 na EAE, assim como a presença de células Th17 produtoras de IFN-γ (Th1-like) no SNC sugerem uma possível plasticidade destas subpopulações de linfócitos. No entanto, até o momento, não há relatos na literatura se a presença de PGE2, presente no SNC, estaria envolvida na plasticidade de linfócitos Th17 em Th1 nessa autoimunidade. Portanto, a hipótese desse estudo é que as células Th17 migrariam para o SNC e desencadeariam o recrutamento de células inflamatórias e o aparecimento dos primeiros sinais clínicos da doença. A presença de PGE2, associado esse microambiente inflamatório, favoreceria a plasticidade das células Th17 para um padrão Th1, resultando na diferenciação de células T CD4+ patogênicas (IL17+IFN+) e células Th1-like. Os resultados obtidos demonstram que as células Th17, quando cultivadas em condições polarizantes para Th1, foram hábeis em se converterem em linfócitos Th1-like, porém, a presença de PGE2 aumenta a porcentagem de células T CD4+IFN-γ+, via EP4 e, possivelmente, pela via de adenilato ciclase/PKA. Além disso, o tratamento com indometacina, em animais Il17cre/mTmG imunizados com MOG, durante a fase aguda da doença, resultou na diminuição de células Th17 produtoras de IFN-γ no SNC de camundongos que desenvolveram a EAE, sem causar a alteração no score clínico da doença e no infiltrado celular.