Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luan Crístian da
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Orientador(a): |
Ferreira, Ana Paula
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Banca de defesa: |
Souza, Maria Aparecida de
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Alves, Caio Cesar de Souza
,
Gameiro, Jacy
,
Hottz, Eugenio Damaceno
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13183
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Resumo: |
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória autoimune desmielinizante que afeta o sistema nervoso central (SNC). A Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE) é um modelo animal para o estudo da EM. A enzima fosfatidilinositol-3-quinase-γ (PI3Kγ) desempenha um papel importante na motilidade e sobrevivência de leucócitos em vários modelos de inflamação. Objetivo: Avaliar o papel da enzima PI3Kγ no desenvolvimento da resposta imune da EAE e ainda, se a inibição desta via contribui de forma neuroprotetora na doença. Metodologia: Camundongos fêmeas C57BL/6 com 6 a 8 semanas de idade do tipo selvagem (WT) ou deficientes de PI3Kγ (KO) foram imunizados com o peptídio da Glicoproteína Mielínica de Oligodendrócitos (MOG35-55) em adjuvante completo de Freund, suplementado com Mycobacterium tuberculosis H37RA e ainda, a Toxina pertussis. Primeiramente, a EAE foi avaliada até o 21ºdpi, sendo que nos 14º e 21º dpi, grupos de animais foram eutanasiados. Os cérebros, medulas espinhais e linfonodos inguinais foram removidos e submetidos a análises como a histopatologia, através da coloração de H&E para visualização de infiltrados inflamatórios e de Luxol FastBlue, do processo de desmielinização no SNC. Através de ELISA, foram mensuradas as citocinas IFN-γ, IL-17, IL-6, TGF-β e IL-10 e as quimiocinas CCL5 e CCL20. A proliferação microglial e astrocitária na medula foram avaliadas pela marcação de células Iba+ e GFAP+, respectivamente, por Imunofluorescência e a marcação de células apoptóticas na medula, por TUNEL. Animais EAE foram tratados com 1mg/kg de FTY720 ou de seu análogo, por gavagem, do 10º ao 20º dpi. No 21º dpi, os animais foram eutanasiados para a realização das análises histopatológicas, dosagem das citocinas e quimiocinas por ELISA, nos cérebros, medulas e linfonodos, e a avaliação da fosforilação da proteína Akt na medula espinhal por Western Blotting. Resultados: Os animais WT-EAE apresentaram o pico da EAE por volta do 19º dpi, enquanto os animais KO-EAE obtiveram um atraso no desenvolvimento da EAE com o pico da EAE reduzido no 20º dpi, em relação ao grupo WT-EAE. A redução de infiltrados inflamatórios e focos de desmielinização foram relacionados a uma menor produção de CCL5, CCL20, IFN-γ, IL-17 no SNC de camundongos KO-EAE nos 14º e 21º dpi, em relação ao grupo WT-EAE. O grupo KO-EAE apresentou menor proliferação microglial e astrocitária no 14ºdpi em relação ao grupo WT-EAE. Nos linfonodos inguinais, tanto a produção de citocinas pró-inflamatórias como a de quimiocinas foram menores no grupo KO-EAE em relação ao grupo WT-EAE, nos dois pontos avaliados. Foi verificado um número maior de células apoptóticas no SNC de animais WT-EAE em ambos os pontos. O tratamento com FTY720 ou seu análogo foi capaz de reduzir o agravamento de sinais clínicos da EAE, infiltração de células inflamatórias, desmielinização, citocinas pró-inflamatórias e ainda, a fosforilação de Akt, o que sugere uma menor ativação da via PI3K/Akt/mTOR. Conclusão: Esses resultados indicam que PI3K é envolvida na sobrevivência, proliferação e migração leucocítica na EAE. Além disso, os compostos FTY720 e seu análogo lipofílico foram capazes de reduzir a neuroinflamação provocada por esta doença no SNC. |