Efeito do derivado antraquinônico 1-Metoxi-4-((2-Hidroxitetradecil)Amino)-Antraceno-9,10-Diona (MTA), análogo a mitoxantrona, na modulação da resposta imune em modelo de encefalomielite autoimune experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Luan Crístian da lattes
Orientador(a): Ferreira, Ana Paula lattes
Banca de defesa: Castro, Juciane Maria de Andrade lattes, Oliveira, Antônio Carlos Pinheiro de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
EAE
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1362
Resumo: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória autoimune desmielinizante que afeta o sistema nervoso central (SNC). A Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE) é um modelo animal para o estudo da EM. A Mitoxantrona (MIT) é um agente usado para o tratamento da EM, entretanto, a cardiotoxicidade é um dos efeitos adversos do tratamento acumulativo. O presente estudo investigou o efeito do novo derivado antraquinônico,1-Metoxi-4-((2-hidroxitetradecil)amino)-antraceno-9,10-diona, denominado MTA, em modelo de EAE. Camundongos C57BL/6 foram imunizados com o peptídio da Glicoproteína Mielínica de Oligodendrócitos (MOG35-55) em adjuvante completo de Freund, suplementado com Mycobacterium tuberculosis H37RA e tratados com 1mg/Kg de MIT ou MTA do dia 14 ao dia 20 pós-imunização. Os efeitos tóxicos provenientes dos tratamentos com a MIT e o MTA, após 7 dias de tratamento em camundongos C57BL/6 imunizados, foram analisados a partir de curvas de sobrevivência, massa corporal e dosagem sérica da proteína CK-MB. No 21º dia após a imunização, as medulas espinhais foram removidas e submetidas a análises como dosagem de citocinas pró-inflamatórias IFN-γ, IL-17, IL-6, regulatórias, IL-10 e TGF-β e quimiocinas CCL5 e CCL20 através de ELISA. Foi feita a fenotipagem celular através da expressão dos marcadores CD4, CD8, CD19, CD11b, CD11c e F4/80 por citometria de fluxo e avaliação da presença de infiltrados inflamatórios e desmielinização em amostras de tecido. O tratamento com MTA reduziu o escore clínico da doença em camundongos C57BL/6 imunizados com o MOG35-55, o que foi associado com a redução da desmielinização e de células pró-inflamatórias, secreção das citocinas IL-17, IFN-γ, IL-6 e aumento de IL-10 e TGF-β na medula espinhal, de forma similar à MIT. Porém, o tratamento com MIT reduziu a capacidade de sobrevivência, massa corporal dos animais e ainda elevou a secreção da proteína CK-MB no soro, sugerindo estresse muscular cardíaco durante o período de tratamento, o que não foi observado no grupo MTA. Os resultados sugerem um importante papel do MTA na modulação da resposta imune envolvida na EM. A atenuação da inflamação e consequentemente a redução do escore clínico envolvendo a redução de citocinas pró- inflamatórias, indicam esse composto como um tratamento alternativo para doenças autoimunes no sistema nervoso central.