Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Gisele Andressa Fonseca do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250090
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Resumo: |
Introdução: A avaliação perceptivo-auditiva é considerada “padrão-ouro” para classificação dos sintomas de fala, incluindo a hipernasalidade. No entanto, esta avaliação é subjetiva e pode ser influenciada por fatores internos e/ou externos ao avaliador. Dentre as estratégias propostas para diminuir a subjetividade desta avaliação e, consequentemente, aumentar a confiabilidade das análises, destaca-se a utilização de escalas padronizadas. Embora a escala de 4 pontos é amplamente recomendada para fins clínicos e de pesquisa, alguns estudiosos argumentam que o uso de escala reduzida pode favorecer análises de ouvintes não experientes. Objetivo: Investigar a classificação da hipernasalidade de fala por ouvintes não experientes, acadêmicos em Fonoaudiologia, usando escala de intervalos de 3 e 4 pontos e verificar se estes resultados variam de acordo com a ordem das classificações realizadas. Verificar, ainda, a concordância dos ouvintes em relação ao padrão-ouro e, também, a concordância intra-avaliador utilizando as duas escalas. Método: Vinte alunos classificaram a hipernasalidade de amostras orais de fala usando escala de 4 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= hipernasalidade leve, 3= hipernasalidade moderada, 4= hipernasalidade grave) e 3 pontos (1= hipernasalidade ausente, 2= pouco hipernasal, 3= muito hipernasal). Os alunos foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos (G1 e G2). G1 realizou a classificação de 40 amostras de fala contendo diferentes graus de hipernasalidade utilizando a escala de 4 pontos e, após duas semanas, utilizando a escala de 3 pontos. G2 realizou as mesmas classificações, porém em ordem inversa. Os dados foram coletados de forma remota, através de um formulário Google e compilados em uma planilha Excel. A porcentagem de acertos das análises dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, por grupo (G1 e G2) e escala (4 pontos e 3 pontos) foram obtidos. A comparação do percentual médio de acertos (por grupo) foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação das escalas), fator (grau da escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pós-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. O coeficiente Kappa foi obtido para análise de concordância dos alunos, em relação ao padrão-ouro e, também, para concordância intra-avaliador. Além disso, a comparação do percentual de concordância foi realizada pela Anova de medidas repetida mista para analisar o efeito do grupo (ordem de apresentação), fator (escala) e interação (grupo versus fator) com comparações Pos-Hoc feitas pelo teste de Bonferroni. Resultados: A porcentagem média de respostas corretas dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro, foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual de acerto das classificações, sugerindo que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. A concordância dos alunos, em relação à avaliação padrão-ouro foi regular (Kappa=0, 375) para a escala de 4 pontos e moderada para a escala de 3 pontos (Kappa=0, 491), sugerindo maior confiabilidade nas análises realizadas com a escala de 3 pontos. A porcentagem média de concordância das análises intra-avaliador foi significativamente maior para a escala de 3 pontos do que para a para escala de 4 pontos. Não houve interação significativa entre grupo (ordem de apresentação) e fator (escala) para o percentual das classificações intra-avaliador, sugerindo novamente que a ordem das classificações realizadas utilizando as escalas não influenciou os resultados. Além disso, o índice de coeficiente Kappa (k) mostrou concordância intra-avaliador mais favorável para a escala de 3 pontos do que para 4 pontos. Conclusão: A escala reduzida favoreceu a classificação da hipernasalidade de fala pelos ouvintes sem experiências e, portanto, pode ser considerada uma importante estratégia para favorecer as avaliações iniciais de acadêmicos em Fonoaudiologia durante sua formação. |