Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Manicardi, Flora Taube [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192645
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Resumo: |
Introdução: A fala é um importante parâmetro indicativo do sucesso ou insucesso do tratamento cirúrgico da fissura labiopalatina, sendo a hipernasalidade o principal sintoma da disfunção velofaríngea. Sua identificação é feita pela avaliação perceptivo-auditiva, considerada padrão-ouro. Porém, esta avaliação é subjetiva e pode ser influenciada por fatores internos e/ou externos do avaliador. Estratégias como treinamento e/ou uso de amostras de referência são recomendadas, mas ainda não é claro sua influência na classificação da hipernasalidade por fonoaudiólogos sem experiência nesta classificação. Objetivo: Investigar a classificação da hipernasalidade de fala antes e depois de treinamento de profissionais sem experiência na avaliação da hipernasalidade de indivíduos com fissura labiopalatina. Método: Três fonoaudiólogas sem experiência analisaram inicialmente 24 amostras de fala de indivíduos com fissura labiopalatina (baseado em seus próprios critérios), usando escala de quatro pontos (1=ausência de hipernasalidade; 2=hipernasalidade leve; 3-hipernasalidade moderada; 4=hipernasalidade grave). Após uma semana, receberam treinamento perceptivo-auditivo e, na semana seguinte, retreinamento. As 24 amostras de classificação foram reapresentadas uma semana após retreinamento, seguindo os mesmos procedimentos realizados previamente (antes do treinamento perceptivo-auditivo). A análise descritiva dos dados foi feita pela porcentagem de acertos e os testes estatísticos de Wilcoxon, Kolmogorov-Smirnov, Qui-quadrado, V de Cramer e Kappa foram utilizados para verificar as hipóteses do estudo. O nível de significância de 5% foi adotado para todas as análises. Resultados: Em geral, os achados não indicaram melhora após treinamento perceptivo-auditivo (antes 65,3%, depois 62,5%). Porém, no agrupamento dos achados por graus de hipernasalidade, verificou-se melhora na classificação da ausência de hipernasalidade (antes 83%, depois 100%) e na classificação do grau leve (antes 50%, depois 72%). Na comparação dos achados de cada fonoaudióloga com a avaliação padrão-ouro, verificou-se melhores resultados depois do treinamento para uma das avaliadoras, que classificou consistentemente a ausência de hipernasalidade e melhorou sua classificação do grau leve. A análise inferencial dos dados indicou que não houve diferença significativa na porcentagem de acertos antes e depois do treinamento (p<0,972). Na análise dicotômica dos dados (presença e ausência de hipernasalidade), verificou-se associação significativa e forte, com concordância significativa dos resultados das avaliadoras com a avaliação padrão-ouro. A concordância geral entre avaliadoras foi maior após treinamento (0,43 – moderado) do que antes do treinamento (0,31 – regular), porém sem diferença significativa. Ao considerar concordância entre avaliadoras, para cada grau de hipernasalidade separadamente, notou-se diferença significativa entre as análises, antes e depois do treinamento, para os graus ausente e grave, com maior concordância após treinamento nestes dois graus. Houve concordância significativa entre as análises das avaliadoras para o grau leve somente após treinamento perceptivo-auditivo. Conclusão: De forma geral, o treinamento adotado não resultou em melhora na classificação quanto ao grau de hipernasalidade, embora a análise por avaliadora tenha mostrado que este treinamento foi favorável para uma das três avaliadoras. A análise dicotômica mostrou que o treinamento favoreceu uma das avaliadoras, já que esta foi capaz de classificar consistentemente a ausência da hipernasalidade após treinamento. Sugere-se ampliar o treinamento perceptivo-auditivo para classificação da hipernasalidade em estudos futuros, oferecendo treinamentos mais longos. |