Etnobotânica de plantas alimentícias em comunidades indígenas multiétnicas do baixo rio Uaupés - Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gonçalves, Gabriela Granghelli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/150944
Resumo: A região do Baixo Rio Uaupés - Amazonas, habitada por diferentes etnias indígenas, possui rico e pouco explorado conjunto de plantas alimentícias, utilizadas por essas comunidades, através de sistema tradicional de cultivo e complementada com a coleta de espécies da floresta. Nesse contexto, e com o propósito de valorizar o conhecimento tradicional associado a essas plantas, o trabalho teve o objetivo de pesquisar a diversidade de plantas cultivadas e coletadas utilizadas como alimento e os fatores ambientais e sociais que influenciam na diversidade dessas espécies, em comunidades indígenas multiétnicas dessa região. Foram identificadas 163 plantas alimentícias, pertencentes a 51 famílias botânicas e 106 gêneros. As comunidades praticam a horticultura de subsistência em roças e capoeiras, tendo como cultivo predominante a mandioca e em seguida o abacaxi. O cultivo de espécies é complementado nos quintais, principalmente por espécies frutíferas, observando-se o predomínio do açaí-do-pará, cupuaçu, açaí-do-mato e outras espécies em menor número. Outros ambientes para a obtenção de alimento são: igapó, terra firme, caatinga e beira de rio ou igarapé, onde as comunidades realizam o extrativismo. Essas comunidades apresentam um significativo conhecimento sobre as plantas alimentícias cultivadas ou coletadas na floresta, inúmeras formas de consumo e preparo desde técnicas que transformam espécies tóxicas em comestíveis a técnicas de conservação, utilizadas em diversas comidas tradicionais que fazem parte do dia-dia dos indígenas. O conhecimento tradicional associado a essas espécies torna-se uma importante ferramenta de conservação dos recursos naturais e garante segurança alimentar da região.