Etnobotânica de plantas alimentícias utilizadas pelo povo Shanenawa do município de Feijó, Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Nayara Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190910
Resumo: Os povos indígenas utilizam de inúmeras plantas em sua dinâmica cultural e alimentar, entretanto, pouco se sabe a respeito de quais espécies são usadas na alimentação dessas comunidades, diante disso, o presente trabalho teve como objetivo investigar quais espécies são utilizadas na alimentação do povo Shanenawa, da aldeia Shane Kaya, município de Feijó, Acre, e quais as formas de cultivo e manejo dessas plantas. Para a obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os moradores da aldeia, utilizados diários de campos para anotações de eventos ocorridos durante a pesquisa e turnês guiadas aos locais de ocorrências das espécies apontadas. As espécies foram coletadas e classificadas botânicamente. Foram identificadas 71 espécies alimentícias, divididas em 28 famílias botânicas, sendo a família Arecaceae a mais predominante em número de espécies. As espécies alimentícias estavam distribuídas entre quatro ambientes, floresta, quintal, roça e roçado. A maioria das espécies alimentícias é cultivada nos quintais localizados no entorno das casas, todavia, existem os espaços destinados somente ao cultivo de espécies de roçados (banana, milho e amendoim) e roça (macaxeira), demonstrando a importância dessas espécies na dieta desse povo. As espécies pertencentes ao ambiente floresta foram classificadas segundo o subtipo de ambiente terra firme, igapó e beira do igarapé. A comunidade apresentou expressivo conhecimento sobre as espécies alimentícias cultivadas e silvestres, as quais são consumidas e preparadas de diversas formas. O desenvolvimento de estudos etnobotânicos com comunidades indígenas pode auxiliar na valorização e conservação do conhecimento tradicional associado e tornar conhecida parte da biodiversidade brasileira.