A questão agrária e a formação do campesinato negro no município de Sumé – PB: uma discussão com o ensino de Sociologia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Tomires da Costa e Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSA
MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL - SUMÉ
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dx.doi.org/10.52446/profsocioCDSA.2021.dissertacao.nascimento
https://dx.doi.org/10.52446/profsocioCDSA.2020.dissertacao.nascimento
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16728
Resumo: A pesquisa foi desenvolvida a partir da percepção de um número considerável de estudantes negros camponeses, moradores, arrendatários, meeiros de minifúndios no município de Sumé, Cariri paraibano. A presença da questão agrária no Brasil dentro do ensino das escolas, é de fundamental importância para a formação reflexiva dos estudantes. Assim, o presente estudo realizou a pesquisa sobre a formação camponesa negra no município de Sumé a partir do século XIX, utilizando-se de fontes eclesiásticas, assim como cartorárias, inventários, censos, legislações, além de um aparato bibliográfico. Foi utilizado o materialismo histórico-dialético marxista para analisar as contradições existentes no campo agrário e através da luta de classes entre os latifundiários e o povo negro escravizado, formadores de uma classe campesina negra na região sumeense. Essa estratificação do povo negro camponês vem se perpetuando nos dias atuais através do sistema capitalista que se reorganiza buscando novas formas de exclusão desse povo trabalhador. Dessa forma, buscamos observar se o ensino de Sociologia no município de Sumé, problematizava as contradições que permeiam as relações sociais dos estudantes do ensino médio, enquanto camponeses negros descendentes do povo marginalizado e excluído do direito à propriedade da terra. Concluímos, ao término da pesquisa, que nos conteúdos e temas existentes no conjunto de documentos escolares e nos livros didáticos de Sociologia utilizados na rede pública e privada sumeenses, não existe relação com o povo camponês negro. Conteúdo este, imprescindível para ser incluído no componente curricular, tendo em vista, a possibilidade de uma abordagem para o conhecimento revolucionário sobre a realidade dos estudantes da região sumeense.