Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Chadi, Paula Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153105
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Resumo: |
Introdução: A epidemiologia é uma ciência que estuda os processos de saúde e doença na população, sejam eles individuais ou coletivos. A lista Nacional de Notificação compulsória teve sua última atualização em 17 de fevereiro de 2016 por meio da portaria nº 204, que define novas doenças, agravos e eventos de saúde nos serviços públicos e privados em todo o território nacional, sendo a comunicação destes acontecimentos obrigatória. A coqueluche, que se encontra na lista das doenças de notificação compulsória, define-se por uma doença infecciosa aguda do trato respiratório inferior sendo seu agente etiológico a bactéria Bordetella pertussis. Apesar dos esforços dispendidos pelo Programa Nacional de Imunizações, da Vigilância Epidemiológica e outros Centros de Vigilância internacionais, no mundo, ainda, estima-se que a cada ano ocorram de 20 a 50 milhões de casos de coqueluche, com aproximadamente 200 a 400 mil mortes, sendo a maior parte em lactentes que não foram vacinados ou com a vacinação incompleta. Mesmo com a disponibilidade da vacina contra difteria, tétano e pertussis incluída no calendário vacinal da criança através da pentavalente, a imunidade não é permanente, surgindo então a pergunta deste estudo: Apenas a vacinação na gestante com dTpa elimina a coqueluche em crianças até dois anos? Objetivo: Analisar em dois municípios do interior do Estado de São Paulo, se as crianças menores de dois anos, filhos de mulheres vacinas pela dTpa tiveram coqueluche. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional descritivo antes e depois de delineamento transversal, sobre avaliação das crianças que desenvolveram a coqueluche, notificadas nos municípios de Botucatu e Marília, interior do estado de São Paulo, no período retrospectivo (2008 a 2014) e prospectivo à vacina da dTpa na gestante (2014 a 2016). Resultados: Percebe-se que há uma carência de publicação sobre a abordagem da coqueluche na criança, sua prevenção, tratamento e controle. Todas as fichas de notificação avaliadas no estudo estavam parcialmente preenchidas, comprometendo a qualidade das informações. Em relação à avaliação comparativa entre os dois municípios em estudo, percebe-se que, no período retrospectivo o número de casos confirmados de coqueluche nos dois municípios totalizou-se em 56 casos, dos quais 25% (14) em Botucatu e 75% (42) em Marília. Já no período prospectivo, após a implantação da vacina ainda houve casos confirmados nos dois municípios, perfazendo 21 casos – 71,42% (15) em Botucatu e 28,58% (6) em Marília – e mesmo havendo redução, os casos ainda persistem apresentando exposição do público vulnerável, crianças menores de um ano a coqueluche. Conclusão: A introdução da dTpa no calendário vacinal da gestante não foi suficiente para impedir a transmissão do microorganismo Bordetella pertussis às crianças com idade inferior a dois anos, conforme a proposta do Ministério da Saúde. |