Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Druzian, Angelita Fernandes |
Orientador(a): |
Brustoloni, Yvone Maia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1842
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Resumo: |
A coqueluche representa um grave problema de saúde pública mundial. É uma doença infecciosa aguda, de notificação compulsória, com morbidade e letalidade ainda elevadas em algumas regiões, apesar da existência de uma vacina eficaz. Afeta crianças menores de 6 meses de idade que não receberam nenhuma dose de vacina contra a coqueluche ou aquelas com o esquema vacinal incompleto. Atinge também crianças maiores, adolescentes e adultos devido à redução da imunidade após 10 anos de imunização, tornando esses hospedeiros suscetíveis à doença e importantes fontes de transmissão para crianças pequenas. O presente estudo teve como objetivo caracterizar epidemiologicamente os casos de coqueluche notificados em Mato Grosso do Sul, no período de 1999 a 2008. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, com levantamento feito a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e dos registros das culturas de Bordetella pertussis realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-MS). No período estudado foram notificados 561 casos suspeitos de coqueluche, sendo que 42,4% (238) foram confirmados. A doença foi mais frequente em menores de 6 meses (61,8%). A tendência mundial de aumento de casos em adolescentes e adultos que perderam a imunidade não foi detectada em Mato Grosso do Sul, podendo refletir a baixa investigação dos contactantes das crianças suspeitas. Houve maior número de casos entre pacientes do sexo feminino (55,5%). A maioria das crianças (56,3%) apresentava esquema vacinal incompleto. Os dados analisados revelaram queda da cobertura vacinal abaixo de 80% de 2003 até 2005. Foram detectados dois surtos da doença no Estado, nos anos de 2004 e 2007, um possível reflexo da sensibilização dos profissionais envolvidos na vigilância epidemiológica. Os critérios clínicos foram os mais utilizados para a confirmação dos casos (68,1%). Das 371 culturas realizadas pelo LACEN-MS, 18 foram positivas (4,9%). A taxa de letalidade variou de 2,56% a 11,11%. Houve discordância de informações entre a base de dados do SINAN e os registros do LACEN-MS em 36,6%, o que denota uma fragilidade no sistema de informação, podendo também indicar subnotificação de casos. A incidência de coqueluche no Estado foi em média 1,07/100.000 habitantes, próxima dos padrões estipulados pela Organização Mundial de Saúde; no entanto, devido à evidência de subnotificação de casos, esse dado pode não corresponder à realidade. O estudo evidencia a necessidade de investimento em recursos humanos na vigilância epidemiológica da doença. |