Luta das mulheres negras sem-teto do MTST: 2017 a 2022

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Taynara Freitas Batista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243973
Resumo: A pesquisa investigou a participação das mulheres negras sem-teto da ocupação Maria da Penha, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O principal objetivo foi analisar o impacto na dinâmica entre classe, raça e gênero em relação à sua organização e à sua principal bandeira de luta, a conquista da moradia. Além disso, analisamos as possíveis alterações no posicionamento político-ideológico do MTST. Na composição social do movimento, identificamos a presença significativa de mulheres negras sem-teto. Nesse sentido, quais seriam as consequências para a organização e o posicionamento político-ideológico do MTST quanto à articulação de classe, raça e gênero no seu projeto político de mudança social? Por quais motivos elas se engajam politicamente? A hipótese é a de que as transformações no mundo do trabalho afetaram o comportamento político e social de “novos” sujeitos-agentes, não oriundos do “chão de fábrica”, mas participantes de movimentos populares urbanos não diretamente procedentes da relação capital x trabalho. Chegamos, então, à tese de que elas representam a possibilidade estrutural da ação coletiva para a transformação social contra o capitalismo, o racismo e o patriarcado, somada à crítica da produção capitalista da cidade pelo MTST. Quanto aos procedimentos metodológicos, lançamos mão de pesquisa bibliográfica sobre as principais questões teóricas que embasam a análise reflexiva, de pesquisa documental dos materiais produzidos e das redes sociais do movimento, para nos aproximar dos processos reais de sua atuação, e da pesquisa de campo por meio da observação participante e de entrevistas.