Farmacocinética da gentamicina em equinos: estudo comparativo das concentrações em plasma e em líquido sinovial na administração intravenosa ou intravenosa regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rafael, Leandro Américo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138092
Resumo: A Perfusão regional de antimicrobianos (PRA) é uma técnica que possibilita aumentar a concentração de antimicrobianos em infecções que acometem a porção distal dos membros, abaixo ou na altura dos ossos rádio, carpo e tarso, contribuindo para a sua eliminação. Essa técnica utiliza baixas doses de antimicrobiano, se comparada com a terapia sistêmica utilizando o mesmo fármaco. Dessa forma, aumenta a eficácia do mesmo, devido às elevadas concentrações do antimicrobiano nos tecidos distais dos membros, além de minimizar os riscos de toxicidade. O objetivo do estudo foi avaliar a farmacocinética da gentamicina no plasma e líquido sinovial de equinos hígidos, após administrações em doses únicas, por via intravenosa e intravenosa regional, e avaliar as alterações vasculares ocasionadas pela perfusão regional. Foram utilizados 12 equinos hígidos (8 fêmeas e 4 machos), mestiços, com idade variando de 8 a 15 anos, e pesando 354,8±42,3 kg, divididos aleatoriamente em dois grupos de seis cada. O grupo intravenoso-GIV recebeu 6,6 mg/kg de sulfato de gentamicina por via sistêmica (veia jugular) e o grupo torniquete tubular-GTT recebeu 2,2 mg/kg de sulfato de gentamicina adicionado à solução fisiológica q.s.p. 40 mL, por via regional (veia cefálica), após o posicionamento de um torniquete tubular de látex no terço médio do rádio. As amostras de sangue da veia jugular e líquido sinovial das articulações radiocárpica e metacarpofalângica de todos os animais foram coletadas antes da administração da gentamicina e após 15 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2, 4, 6, 8, 12, 24, 48 e 72 horas. A concentração de gentamicina foi mensurada através do método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e as alterações vasculares através da ultrassonografia Doppler. As análises estatísticas foram realizadas através do programa Graphpad Prism 6, empregando-se o teste Mann Whitney nos momentos entre os grupos e teste de Kruskal-Wallis com pós-teste Dunns nos momentos dentro dos grupos. O nível de significância foi definido como P<0,05. As concentrações de gentamicina no grupo torniquete tubular (GTT) no líquido sinovial da articulação radiocárpica (RC) e na articulação metacarpofalângica (MTCF), foram até 36 vezes e até 28 vezes maiores, respectivamente, que no grupo intravenoso (GIV). Não houve alterações nos parâmetros de ultrassonografia Doppler utilizados para avaliar o fluxo sanguíneo, após a realização da perfusão regional intravenosa. Entretanto, houve a formação de pequenos trombos aderidos à parede da veia cefálica, em três dos equinos submetidos a perfusão regional. A farmacocinética da gentamicina mostrou que a meia vida e o MRT são maiores no líquido sinovial, tanto na administrada por via sistêmica, quanto por via intravenosa regional, comparada ao plasma na administração via sistêmica. A perfusão regional não foi capaz de provocar alterações de fluxo significativas.