Vascularização uterina através da ultrassonografia color doppler em éguas com endometrite bacteriana induzida submetidas a tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sá, Marcus André Ferreira lattes
Orientador(a): Jacob, Julio Cesar Ferraz
Banca de defesa: Jacob, Júlio César Ferraz, Pinna, Aline Emerim, Gomes, Gustavo Mendes, Jesus, Vera Lúcia Teixeira de, Mello, Marco Roberto Bourg de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10117
Resumo: Os objetivos do presente estudo foram caracterizar através da ultrassonografia color Doppler a perfusão vascular endometrial de éguas com endometrite bacteriana e submetidas a tratamento fitoterápico. Para tanto, foram utilizadas 20 éguas mestiça e Mangalarga Marchador livres de endometrite. O programa ImageJ 1.46r® foi utilizado para avaliação das imagens. Adicionalmente, a perfusão vascular subjetiva do útero foi estimada levando-se em consideração o percentual de sinais Doppler coloridos presentes no mesométrio, miométrio e endométrio, em corte longitudinal do corpo uterino e transversal dos cornos uterinos. Etapa 1. Todas as éguas (n=20) foram submetidas a inoculação intrauterina com cepa de Escherichia coli proveniente de útero equino. As sessões de ultrassonografia color Doppler foram realizadas em M0 (momento imediatamente anterior à inoculação intrauterina) e M1 (24 horas após a inoculação intrauterina). Etapa 2. Os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo experimental 1 (n=10) e grupo experimental 2 (n=10) com solução fitoterápica Fitoclean® (Organnact Saúde Animal, Curitiba, Paraná, Brasil). Em ambos os grupos, os exames de cultura uterina, antibiograma, citologia endometrial e ultrassonografia modo B e color Doppler foram realizados nos momentos T1 (imediatamente antes de iniciar o tratamento), T2 (24h após o tratamento) e T3 (48h após o tratamento). Etapa 3. As éguas em que foram identificados agentes patogênicos nas amostras coletadas durante a etapa 2, foram submetidas à antibioticoterapia por infusão intrauterina utilizando Gentamicina. Sete dias após a realização da antibioticoterapia, foi realizado novos exame de ultrassonografia color Doppler. Para análise estatística, foi aplicado o teste de Tukey, teste t de Student e Anova para comparação das médias obtidas nos diferentes períodos e Qui Quadrado para avaliação do efeito do fitoterápico. Etapa 1. Verificou-se que os valores médios de vascularização no momento M1 foram significativamente superiores aos obtidos em M0 para as três partes do útero (P<0,05). Houve crescimento bacteriano em todas as amostras coletadas. Etapa 2. O valor médio de vascularização no momento T1 em ambos os grupos foi significativamente superior (P<0,05) aos obtidos nos momentos 2 e 3. No momento T1, observou-se aumento significativo no segmento 1, enquanto que em T2 observou-se uma redução significativa neste segmento. Etapa 3. De acordo com os resultados obtidos nos exames de cultura e antibiograma realizados após o término da etapa 2, 13 éguas (65%, 13/20) foram submetidas a antibioticoterapia através de infusão intrauterina com Gentamicina. Após este tratamento, a vascularização observada apresentou grande redução em comparação ao momento M1. Diante destes resultados, concluiu-se que nas condições deste estudo foi possível utilizar a ultrassonografia modo Color Doppler como método diagnóstico para a endometrite bacteriana; não foi possível correlacionar resultados obtidos através da ultrassonografia color Doppler com os achado nos exames tradicionais para diagnóstico da endometrite.