Resposta superovulatória e produção in vivo de embriões em diferentes raças ovinas nativas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pupin, Maria Amélia Ferrão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194431
Resumo: Com finalidade de aumentar o rebanho e a variabilidade genética, produtores de ovinos, estão optando pela biotécnica de múltipla ovulação e transferência de embriões. Porém, está técnica apresenta resultados imprevisíveis, devido a fatores intrínsecos e extrínsecos, dos quais destaca-se o efeito raça. Portanto, esse estudo avaliou o efeito raça sobre a resposta superovulatória e a produção in vivo de embriões em ovelhas nativas brasileiras (Morada Nova, Santa Inês e Somalis Brasileira). Trinta ovelhas multíparas (n = 10/ raça) foram submetidas a protocolo de nove dias de duração à base de progesterona e tratamento superovulatório com 133 mg de FSH. Nos Dias 11 (36 horas após a remoção do dispositivo) e 15 (12 horas antes da colheita não cirúrgica de embriões), os animais foram submetidos às análises ultrassonográficas em modo-B e Doppler para avaliação da população ovariana e características de perfusão ovariana. A colheita transcervical dos embriões foi realizada 7 dias após a remoção do dispositivo. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA, teste de Tukey e teste de Bartlett; e as correlações foram testadas pelo teste de Spearman (p < 0,05). O número de folículos médios (4,0 a 5,99 mm) no Dia 11 foi maior (p = 0,0025) em ovelhas Santa Inês e Somalis Brasileira comparadas às ovelhas Morada Nova. O número de corpos lúteos e o status Superovulatório no Dia 15 foram maiores (p < 0,0001) para ovelhas Santa Inês (15,3 ± 1,4 e 2,4 ± 0,2), seguido pelas ovelhas Somalis Brasileira (10,4 ± 0,8 e 1,5 ± 0,2) e então pelas ovelhas Morada Nova (5,5 ± 1,6 e 0,8 ± 0,3). A área ovariana (p = 0,02), área de fluxo sanguíneo (p= 0,05) e porcentagem da área dopller (p = 0,007) tiveram maiores valores no Dia 15 em relação ao Dia 11 para as ovelhas Santa Inês e Somalis Brasileira. Para as características de fluxo sanguíneo de alta velocidade foram encontrados maiores valores no Dia 15 em relação ao Dia 11, independentemente da raça. Para cada raça foram registradas distintas correlações entre características ovarianas e resposta superovulatória e produção de embriões. Em conclusão, houve influência da raça sobre as respostas superovulatórias e características da vascularização ovariana. No entanto, a produção de embriões foi similar entre as raças de ovelhas nativas brasileiras.