Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carla Rodrigues [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150519
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Resumo: |
A Mata Atlântica, bioma que cobria grande parte do território paulista, hoje é composta por um mosaico de fragmentos florestais ameaçados pela ocupação antrópica. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa foi elaborar um modelo ambiental destinado a encontrar alternativas espaciais para implantação de corredores ecológicos, baseado em princípios da Ecologia da Paisagem e na avaliação do estado ecológico do meio ambiente, com o suporte de geotecnologias. Escolheu-se como área de estudo a região Oeste de São Paulo, no entorno das Bacias Hidrográficas dos Rios Paranapanema, Santo Anastácio, Aguapeí e do Peixe. Os dados da pesquisa foram extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Geográfico e Geológico (IGG), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Paranapanema (CBH-PP) e dos Rios Aguapeí e do Peixe (CBH-AP). Também foram utilizadas imagens de satélite Landsat1/MSS e Alos, sensor Avnir, e dados SRTM/NASA. Na análise do meio físico e da cobertura da terra, verificou-se que a área pesquisada apresenta relevo suave e ondulado, com solos de baixa fertilidade, praticamente ocupados por agricultura e pastagem. A quantificação dos fragmentos da paisagem evidencia a relevância deles para formação de corredores ecológicos e para possíveis conexões entre diversas Unidades de Conservação. Constatou-se, através da métrica, que a fragmentação da paisagem é expressiva; o tamanho médio das manchas (MPS) é maior na classe de pastagem, com 755,78ha, e o alto índice de MSI nas áreas úmidas é fundamental para a paisagem local, pois favorece a formação de corredores ecológicos. A avaliação integrada dos dados espaciais, utilizando multicritérios e lógica fuzzy, permitiu verificar que: 1) as planícies fluviais são de extrema importância para a conservação da biodiversidade; 2) os índices de dissecação Dc 13, Dc 23 e Dt 13 correspondem às áreas com fortes perturbações antrópicas; 3) as distâncias propostas e analisadas contribuíram para a ligação transversal entre as Unidades de Conservação, as quais oferecem alto fator de proteção para os recursos ambientais. Além disso, diagnosticou-se que os melhores locais para a implementação de corredores ecológicos estão nas classes de potencialidade extremamente alta (3,3%), muito alta (4,5%), alta (6,9%) e média alta (11%). Somadas, essas classes representam 25,8% da área de estudo e estão próximas às drenagens, nascentes e áreas úmidas. Os cenários alternativos de corredores mostraram que o Oeste paulista tem potencialidade para a delimitação de três corredores ecológicos: o primeiro, ligando o Parque Estadual Aguapeí ao Parque Estadual do Rio do Peixe (CEAP); o segundo, entre o Parque Estadual do Rio do Peixe e o Rio Santo Anastácio (CEPSA), e o terceiro, entre o Rio Santo Anastácio e o Córrego Anhumas (CESAA). Concluiu-se que os três corredores permitiriam significativas conexões transversais entre os fragmentos florestais, e sua implementação resultaria na recuperação de aproximadamente 14% da paisagem degradada. |